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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cid Guerreiro: “Não ganho como deveria com ‘Ilariê’”

publicado no iG


Ao iG, cantor reivindica direitos autorais pela execução da música, fala de trabalho gospel e comenta revelações de Xuxa


Foto: Canindé Soares/DivulgaçãoO cantor e compositor Cid Guerreiro

Difícil achar um único brasileiro que nunca tenha escutado "Ilariê", composta em 1987 - há 25 anos - por Cid Guerreiro para "Xou da Xuxa 3". Com 10,5 milhões de cópias, o álbum entrou para o Guiness Book como o disco nacional com o maior número de vendas, e “Ilariê” ficou 20 semanas em primeiro lugar nas paradas em 1988.
Além do sucesso nacional, a música foi traduzida para 80 línguas, afirma o cantor ao iG, por telefone, de Fortaleza, onde mora atualmente.
Músico gospel há oito anos, desde que foi levado a um louvor na casa de Carla Perez e Xanddy, Cid afirma que ganhou "rios de dinheiro" com direitos autorais na época do lançamento de "Ilariê", mas que hoje essa renda "não é como deveria".
Afirmando sempre que "não quer mais ganhar almas, e sim cuidar de almas", o baiano conta que está se preparando para entrar com uma ação contra o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), órgão responsável pela arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução musical no país.
Cid afirma que pretende cobrar o Ecad porque não estaria recebendo os direitos referentes à execução da música em buffets infantis e em carnavais fora de época. Procurado pela reportagem doiG, o Ecad diz que não tem conhecimento de qualquer irregularidade: “Nunca soubemos que essa música ainda era tocada em carnavais ou buffets”.
Leia abaixo a entrevista com Cid Guerreiro.

terça-feira, 29 de maio de 2012

De volta aos braços do Pai


Juliana Dacoregio
Hoje só consigo olhar pra tantos posts desse blog e perceber o quanto fui tola, o quanto fui infantil. Não leio com raiva, nem me condeno pelas coisas que escrevi, mas muitas coisas leio com tristeza. Era minha opinião e eu tinha todo o direito de dá-la? Claro! Mesmo assim hoje me entristeço com a cegueira e a amargura que atrasou minha vida. Sim, porque toda essa ‘cruzada contra a fé’ atrasou minha vida e me trouxe cada vez mais confusão. Nós colhemos o que plantamos e eu sei muito bem o que plantei.
Tenho certeza que aqueles que estavam na presença de Deus liam meus escritos e percebiam que eu não estava feliz. A gente percebe essas coisas. Às vezes por uma sensibilidade grande de discernir o que os outros estão sentindo, por empatia ou porque realmente quem vive com Jesus entende certas coisas que outras pessoas não entendem.
Muita gente diz que eu tentava me convencer de que Deus não existia, que na verdade eu ainda cria. Pode ser verdade mesmo. Não sei, é muita coisa do passado para avaliar e não quero ficar olhando para trás, a não ser como agora, para admitir que eu estava errada e que meus erros me levaram a perder a paz.
Quem me lê, não sabe tudo que passei. Não importa que pareça ‘testemunho de crente’: fui até ao fundo mais profundo do poço, em muitos sentidos. Tudo porque um dia fui uma nova criatura em Cristo e reneguei tudo isso. Foram sete anos longe de Deus. Sete anos de vacas magras. No início, lááá em 2005, quando larguei a fé parecia que o mundo se abria cheio de possibilidades diante de meus olhos… PARECIA.
Eu poderia estar morta. Fui livrada da morte muitas vezes. Porque inconsequente eu fui. E apanhei da vida. Apanhei feio. Até o ponto de estar rastejando. Mas sobrevivi para voltar para o meu Senhor. Mais sorte que juízo? Não! Hoje eu sei que não.
“Se não fora o auxílio do Senhor, já a minha alma estaria na região do silêncio. Quando eu digo: resvala-me o pé, a tua benignidade, Senhor, me sustém.”
(Sl. 94, 17-18)

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Porque a vida é breve



Ricardo Gondim, no seu site
Porque a vida é breve me deixo atrair pelo insólito. E com ele, desperto a coragem de correr riscos. Cito Rubem Alves: “Os homens buscam a segurança para fugir da morte. Eles não sabem que a segurança é a morte em vida”. Noto os dias desaparecerem em nacos semanais. As semanas se diluem em meses. Os meses se esfarelam em anos. E os anos se acabam nas décadas. Inconformado com a ladeira do tempo, não permito que a vida despenque em direção ao nada. Se o relógio acelera na loucura do dia a dia, canto com Lenine:
“Enquanto o tempo
Acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora
Vou na valsa
A vida é tão rara….”
Porque a vida é breve crio coragem de visitar o passado. Revejo a Gentilândia com todos os meus amigos. Olho para a professorinha de matemática. Pobre mulher, se esforçou muito para que eu aprendesse equação de segundo grau! Mas eu só tinha olhos para a geometria do seu corpo. Enlaço a eternidade para reviver aqueles tempos verdes, inocentes.
Porque a vida é breve tenho ganas de recuperar os livros que nunca me interessei. Diferencio a boa e a má literatura. Redescubro Machado de Assis; e guardo uma lição de Memórias Póstumas de Brás Cubas: a hipocrisia social, de tão avassaladora, só permite honestidade se escrevermos nossa biografia depois de mortos. Sorvo a sabedoria de outros autores. Gente com a genialidade de Graciliano Ramos (o velho Graça) ensina que miséria condena as pessoas a viverem como cadelas – a Baleia, de Vidas Secas. Leio e releio Fernando Pessoa, meu poeta predileto. Em sua angústia existencial, sinto-me convidado a enfrentar as minhas inquietações, mesmo correndo o risco de gerar desespero mais intenso.

A rotina dos popstars da fé


Divididos entre religião e carreira, família e viagens, missas e shows, esses campeões de vendas se desdobram para equilibrar o divino e o mundano no dia a dia


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João Loes e Rodrigo Cardoso, na IstoÉ
Eles detestam ser chamados de estrelas. Repetem, insistentemente, que são, na melhor das hipóteses, um mero canal para a graça de Deus. A humildade do discurso, porém, contrasta com a postura de celebridade desses ídolos cristãos e com os números que compõem este que já é o mais expressivo segmento do mercado fonográfico do País. Estima-se que, só em 2011, a produção de discos e DVDs religiosos no Brasil rendeu R$ 1,5 bilhão. Como não poderia deixar de ser, no mesmo ano, os discos e os DVDs mais vendidos, segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Discos (Abpd), foram dos astros da fé padre Marcelo Rossi e padre Fábio de Melo, respectivamente.
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AMIGOS
Padre Marcelo e padre Fábio na gravação do
DVD “Ágape”, em São Paulo, no domingo 20

O domínio não é só católico. Estrelas do mundo gospel têm tido cada vez mais espaço para brilhar. Pudera, hoje o Brasil tem pelo menos 38 milhões de evangélicos, segundo dados do Centro de Pesquisas Sociais da Fundação Getulio Vargas (CPS/FGV). Nomes como Aline Barros, Ana Paula Valadão e Regis Danese são verdadeiras potências capazes de arrastar centenas de milhares de pessoas a shows, cruzar barreiras religiosas e vender milhões de discos e DVDs. “E tem uma outra coisa – para os evangélicos, pirataria é roubo e roubo é pecado”, afirma o evangélico Danese. Como consequência, as perdas para a pirataria de gravadoras especializadas nesse mercado não passam de 15% do faturamento, enquanto para as outras o percentual pode chegar a até 60%.
Mas como vivem essas pessoas, divididas entre a pureza da mensagem divina e a lógica violenta do mercado? Como administram fé, carreira artística, vida religiosa, família, viagens, fãs, sucesso e dinheiro? ISTOÉ ouviu cinco dos mais importantes representantes do gênero na atualidade, além de gente do seu círculo social, para a seguir mostrar as alegrias, tristezas, paixões e dúvidas dos astros da fé.
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“Gosto de roça, de bicho. Em casa tenho pouquíssimos ruídos”
Padre Fábio de Melo
Um mês atrás, padre Fábio de Melo desabafou em seu Twitter que, cansado da cidade grande, qualquer dia venderia seu iPhone e compraria um casal de gansos. Aos 42 anos, o sacerdote que nasceu em Formiga, interior de Minas Gerais, e atravessou fronteiras graças aos cerca de 30 produtos que lançou no mercado – entre CDs, DVDs e livros –, mora sozinho em um sítio numa região rural de Taubaté, interior de São Paulo. É lá, ao lado dos dois cachorros, o mastiff inglês Nathan e o bulldog francês Lucca, que ele relaxa. “Gosto de roça, de bicho. Em casa tenho pouquíssimos ruídos urbanos por perto”, afirma o sexto maior vendedor de CDs do Brasil no ano passado. No momento, o sacerdote cantor que já vendeu dois milhões de CDs e 700 mil DVDs afirma: “Estou cada vez menos urbano.”

quinta-feira, 24 de maio de 2012

À mesa do rei


Israel Belo de Azevedo, no Prazer da Palavra. Capturado no Pavablog
Era uma vez um rei leal.
Quando seu amigo morreu, ele jurou que cuidaria dos seus filhos.
Ele não era rei ainda quando fez a promessa mas, coroado, não a esqueceu.
Um dia saiu procurando pelo reino um descendente do seu amigo.
Encontrou um ex-empregado da família do amigo que sabia.
Ziba, o ex-empregado, lhe disse que numa cidade obscura (Lo-Debar), havia um aleijado dos pés que era filho do seu amigo Jônatas. Ele vivia de favor na casa de um certo Maquir.
O rei (Davi) mandou chamar o herdeiro: Mefibosete, que estranhou que o poderoso rei se importasse com um cão morto como ele.
Davi lhe devolveu todas as propriedades, suas por terem sido de seu avô e de seu pai.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Corredora Lolo Jones, 29, diz que ser virgem é mais difícil do que treinar para Olimpíadas

publicado no Yahoo Esportes

Presente nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, a corredora americana Lolo Jones, 29 anos, surpreendeu o mundo nos últimos dias, quando tuitou que era virgem. Em entrevista para o programa Real Sports, da HBO, ela falou sobre o assunto.

"É algo que eu quero guardar para o meu marido. Mas, se existem outras virgens por aí, saibam que isso é muito duro. É a coisa mais difícil que eu fiz na minha vida, mais difícil do que treinar para as Olimpíadas, mais difícil do que se formar na faculdade", revelou Lolo.

Lolo Jones é especialista nos 60 metros com barreiras, prova da qual já foi duas vezes campeã mundial indoor. Como a prova não é olímpica, ela competirá provavelmente nos 100 metros com barreiras em Londres. Quatro anos atrás, em Pequim, Lolo terminou em sétimo lugar. Para ela, a virgindade não atrapalha seu desempenho.

Deputado-pastor elabora emenda liberando R$ 250 mil para sua igreja


Paulo Roberto Lopes, no Paulopes
O deputado distrital Benedito Domingos (foto), do PP, elaborou uma emenda liberando R$ 250 mil a título de “apoio à atividade cultural da Comadt”. O Jornal de Brasília procurou saber o que quer dizer essa sigla e descobriu que se trata da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil, da qual faz parte a Assembleia de Deus Ministério de Madureira. Domingos é pastor-presidente de um templo dessa denominação em Taguatinga Norte, no Distrito Federal.
O deputado negou que tivesse apresentado a emenda e afirmou ser vítima de uma campanha de difamação, mas o jornal teve acesso a um documento que prova a ilegalidade. Domingos não poderia ser o autor de uma emenda cujo beneficiado é ele próprio, mesmo que indiretamente.
Caso seja liberado pelo governo, o dinheiro não será aplicado em “atividades culturais”, mas na construção em Taguatinga de um novo templo cujo valor total está estimado em R$ 3 milhões. Só este ano, as emendas do deputado-pastor têm direito de alocarem o montante de R$ 12 milhões.

Só vivemos uma vez



Ricardo Gondim, no seu site
Não teremos outra vez. Não, ninguém espere outra chance. Nascemos condenados ao horror de ver a ampulheta sangrar areia, os calendários acelerarem, os relógios se fracionarem em milésimos de segundos. Vamos morrer. E depois que tudo tiver cumprido o seu destino, restará o quê? Diremos: “E agora, que a faca cortou, a lira tocou, o sol iluminou e o soldado matou?”. Sobrarão nossos vestígios.
Um dia todos passarão. Não ficará ninguém para observar nada. Meros rastros empoeirados testemunharão para o vazio que alguém andou por aqui. Mas a estrada permanecerá deserta.
Como serão os escombros? Nas universidades, livros, teses, nomes, que nada significam; nos museus, paisagens mortas; nos quartéis, medalhas enferrujadas; nos bancos, cofres lacrados; nos templos, bolor.
Depois de exercer a sua missão, o próprio tempo deixará de existir. Não haverá antes e depois. O assobio do vento não precisará viajar até ouvidos atentos. Se antes tudo era mudança, tudo se tornará estático. Terminarão as causas e os efeitos. Cessarão os contrastes.
Sem olhos, não existe beleza. Vitrais intactos perderão o esplendor; ninguém vai declarar alumbramento. Serão inúteis: por do sol, lua cheia, maré em ressaca, pororoca. Flautas, trompetes, pianos, pandeiros, harpas, jazerão em palcos desabitados diante de auditórios ausentes.

terça-feira, 22 de maio de 2012

PF faz operação contra uso do brasão da República por evangélicos

publicado no Terra

Foram apreendidas mais de 300 carteiras e dois envolvidos foram encaminhados para a Superintendência da PF em Belo Horizonte. Foto: Polícia Federal/Divulgação
Foram apreendidas mais de 300 carteiras e dois envolvidos foram 
encaminhados para a Superintendência da PF em Belo Horizonte
Foto: Polícia Federal/Divulgação

A Polícia Federal (PF) deflagrou na última segunda-feira, em Belo Horizonte (MG), a Operação Carteira Santa, com o objetivo de coibir a prática do uso indevido dos símbolos da República Federativa do Brasil. Uma entidade evangélica confeccionava carteiras contendo o brasão da República e os dizeres "autoridade eclesiástica", para vários integrantes de igrejas da capital mineira.

Foram apreendidas mais de 300 carteiras e dois envolvidos foram encaminhados para a Superintendência da PF em Belo Horizonte, para prestar esclarecimentos. Se indiciados, eles podem ser condenados a até seis anos de prisão.


/// Santa ignorância

Nada de escola, vá arrumar uma bíblia!


via Yahoo!

Confira AQUI onde ganhar R$ 22 mil

“Sua escolha de estilo de vida é uma abominação”



via Pavablog

Autora defende cura pela fé: é uma questão relevante para os cientistas


Ligia Hougland, no Terra
Candy Gunther Brown relata casos de sucesso da aplicação de orações no tratamento de doentes
Candy Gunther Brown relata casos de sucesso
 da aplicação de orações no tratamento de doentes
Apesar de o número de evangélicos, carismáticos e cristãos de outras denominações que procuram e acreditam no poder da cura de doenças e invalidez por meio de preces aumentar, cientistas do mundo inteiro permanecem céticos e se recusam a investigar o fenômeno. Recentemente, uma professora americana com doutorado em estudos religiosos da Universidade de Indiana, Candy Gunther Brown, lançou o livro Testing Prayer: Science and Healing (Testando a prece: Ciência e Cura, em tradução livre) que, ao relatar casos de sucesso da aplicação de orações no tratamento de doentes e demonstrar como o método de cura pela prece é usado por diferentes culturas, espera convencer pesquisadores a deixar de lado o preconceito e estudar esse campo tradicionalmente visto com suspeita pela ciência. Em entrevista exclusiva ao Terra, Brown falou sobre a implementação do sobrenatural para melhorar a saúde pública e conta ter testemunhado - e comprovado - casos de cura pela oração.
Terra: Por que cientistas, que precisam lutar para conseguir financiamento para estudos convencionais e fundamentais para a descoberta de novos tratamentos médicos, deveriam se dedicar a estudar algo polêmico e difícil de ser determinado como o poder das orações na cura de problemas de saúde?
Brown: A verdade é que as pessoas rezam pela cura e isso pode ter um efeito sobre a saúde delas. Não importa se os efeitos da prece são positivos ou negativos, é preciso descobrir se rezar pela cura de problemas de saúde faz diferença para que possamos proteger a saúde pública.
Terra: Mas provar que a oração pode ou não ser eficaz para o tratamento de doenças não seria algo impossível de ser constatado visto seu caráter subjetivo e sujeito a interpretações pessoais? Não seria como, por exemplo, tentar provar ou desprovar a existência de unicórnios? Nunca alguém provou ter visto essas criaturas mágicas, mas cientificamente, isso não é prova suficiente de que unicórnios não existem e algumas pessoas ainda podem acreditar que eles existem. 
Brown: O exemplo dos unicórnios não tem importância, pois a existência ou não deles não tem consequências para o mundo real. Mas cura pela oração tem consequências para o mundo real. Assim como pessoas que usam outros métodos para tentar aprimorar a saúde, seja pelo meio da medicina, de curandeiros ou de outros tipos de práticas ou alternativas. Portanto, essa é uma questão relevante para os cientistas preocupados com a melhora da saúde pública.
Terra: Atualmente, a ciência parece mais ou menos aberta ao sobrernatural? 
Brown: Depende do lugar. A ciência provavelmente está mais aberta ao sobrenatural no Brasil do que nos Estados Unidos. Mas mesmo nos EUA, as pesquisas sugerem que até 73% dos médicos acreditam que algum tipo de cura acontece por meio de causas sobrenaturais ou miraculosas. Na maior parte da história e na maioria das culturas sempre houve uma expectativa de que existe uma relação entre o sobrenatural e o natural. Mas, por volta do Período do Iluminismo até o século passado, houve uma menor crença no sobrenatural, particularmente no mundo ocidental. No entanto, acredito que estamos voltando a ter uma maior abertura em relação ao sobrenatural, conforme as pessoas concluem que a ciência não oferece todas as explicações para o que acontece no mundo. Mesmo com os melhores tratamentos médicos nem todos os problemas de saúde podem ser curados e não existe possibilidade de encontrar cura para eles no futuro próximo.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Pastor Silas Malafaia: “Tenho pastores que ganham entre R$ 4 e 22 mil"

publicado originalmente no IG

Aos 53 anos, o pastor Silas Malafaia não teme polêmicas. Líder da igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que neste sábado (19) promove a Marcha para Jesus no Rio, com expectativa da presença de mais de 200 mil pessoas, o religioso é considerado o principal inimigo dos ativistas gays, ao lado do deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ).
Malafaia também é contra o aborto. Em qualquer situação. Suas posições marcantes atingem ainda líderes evangélicos, como o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus, e o apóstolo Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus. “Mantenho distância dos dois por causa das posturas desleais que ambos tiveram comigo”, diz.
Foto: Fábio Guimarães / Extra / Agência O GloboSilas Malafaia: "Não tenho gente que nãoia ser nada na vida e virou pastor"
O pastor está há 30 anos ininterruptos na televisão. Seu programa “Vitória em Cristo” é exibido todos os sábados em três emissoras: Bandeirantes, Rede TV e CNT; e de segunda a sexta-feira, apenas na CNT. A versão dublada é exibida em mais de 200 países. Por seus horários na Rede TV, ele paga R$ 900 mil por mês e, na CNT, R$ 450 mil. Por impedimento contratual, ele não pode divulgar os valores com a Rede Bandeirantes.
Malafaia também não foge de perguntas sobre as doações que os fiéis fazem para sua igreja. “Não posso ficar perguntando a 25 mil membros de onde vem o dinheiro. Mas se um cara chega para mim e diz que fez uma tramoia, não quero. Ô pastor, fiz um negócio aqui com a Delta ou com o Cachoeira...”, debocha.
Filho de um militar da Aeronáutica com uma educadora, ambos evangélicos, e formado em psicologia, Malafaia é casado com Elizete, que conheceu aos 14 anos, e tem três filhos com ela. Com forte sotaque carioca, utilizando gírias e expressões como “amigo” e “irmão” a todo instante, o pastor conversou com o iG sobre temas variados, entre eles os salários de pastores, política e Igreja Católica. O movimento homossexual, obviamente, não ficou de fora. E sobre o tema, ele faz questão de dizer que, para ele, existem, sim, ex-gays.
iG: Qual é a principal mensagem que vocês vão passar na Marcha para Jesus no Rio? 
Silas Malafaia: Ela é baseada em quatro princípios que acreditamos: em favor da liberdade de expressão, da vida, da liberdade religiosa e da família tradicional composta por homem, mulher e seus filhos. Marcamos as posições que defendemos.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Igreja criada por homem que diz conversar com o Arcanjo Miguel


Walter Sandro Pereira da Silva afirma conversar com o Arcanjo Miguel desde os 2 anos de idade, e criou uma igreja que mistura elementos de diversas religiões, que já tem cerca de 10 mil seguidores no Brasil.

De acordo com a revista Carta Capital, Silva conta que seu primeiro contato com o arcanjo se deu quanto tinha 2 anos e meio e procurava, desesperado, sua chupeta perdida. “Foi quando apareceu este ser dizendo que ela estava debaixo da cama e que eu devia procurar o Salmo 91”, explica.

Filho mais velho de uma família pobre da cidade pernambucana de Gravatá, Walter Silva se mudou ainda bebê para São Paulo, com seus pais. Criado em um lar católico, ele conta que sua trajetória mudou quando, aos 13 anos, entrou em uma igreja evangélica e ouviu do arcanjo que deveria pregar e se tornou evangélico. Anos depois, quando trabalhava como vendedor de seguros, o agora líder religioso passou a usar as técnicas de retórica aprendidas em sua profissão para dar palestras motivacionais, e criou seu próprio método de autoajuda.

O método de autoajuda começou a se tornar uma religião quanto Silva conheceu pessoas que, assim como ele, sentiam vir de algo maior, no caso da reencarnação dos Cavaleiros Templários, braço militar da Igreja Católica na época das Cruzadas.

Silva conta que no dia 11 de novembro de 2011, quando estava prestes a entrar no ar pelo canal UHF 58, ele vivenciou o milagre que culminou no nascimento oficial da Igreja Templária de Cristo na Terra: “O Arcanjo Miguel materializou-se e disse para eu abrir a igreja. Foi tão forte que tive uma crise de cálculo renal. Fui ao banheiro e ele veio e disse pra botar a mão na urina. Eu pus. E saiu uma pedra do tamanho de meio grão de feijão”. À meia-noite o programa foi ao ar já com o nome de Igreja Templária, igreja descrita pela Carta Capital como uma seita-símbolo do sincretismo religioso nacional: compósito da lógica de bufê livre, da tolerância e da espiritualidade sem limites do brasileiro.

terça-feira, 15 de maio de 2012

Pobreza e (com)Paixão


“Se eu dou comida a um pobre, me chamam de
santo, mas se eu pergunto por que ele é pobre,
me chamam de comunista.” (Dom Hélder Câmara)
Por Nei Alberto Pires 


A defesa das causas dos pobres é uma tarefa muito árdua. Exige da gente mais do que compreensão, discursos e teorias, mas, sobretudo, compromisso e compaixão. Somos muito preconceituosos para com o sofrimento dos pobres.

Desconhecemos sua realidade e não nos dispusemos a mexer na raiz de nossos problemas: a nossa forma de organizar o mundo. Entre nós é muito forte a idéia de que pobres são coitados, por isto desprovidos de sorte e de bens. Se não lutam, são preguiçosos. Se lutam e exigem, tornam-se perigosos. Mesmo quando passam fome, a gente insiste em dizer que eles ainda são capazes de sonhar.

Só a lucidez da razão e a sensibilidade podem tratar bem das questões da existência e convivência humanas. Na visão ocidental, desenvolvemos a ilusão de que somente a razão nos dará respostas aos problemas humanos. Nem a razão ornamental (que serve de ornamento), nem a razão instrumental (ferramenta para transformar a realidade) são capazes de justificar o sofrimento e a realidade daqueles que excluímos socialmente (os pobres). Os pobres não são invenção, não são uma ideia. Os pobres são reais. Os pobres existem, e sofrem a violação de sua vida e dignidade.

Leonardo Boff, defensor incansável das causas dos pobres e oprimidos, afirma que são três as compreensões que se tem da pobreza. Uma primeira, clássica, é a ideia de que o pobre é aquele que não tem. A estratégia então é mobilizar quem tem para ajudar a quem não tem, através de ações assistencialistas, sem reconhecer a potencialidade dos mesmos. A segunda ideia, moderna, é aquela que descobre os potenciais do pobre e compreende que o Estado deve fazer investimentos para que ele seja profissionalizado e potencializado, com fins à inserção no mundo produtivo. Ambas as posições desconsideram, na visão de Boff, que a pobreza é resultado de mecanismos de exploração, que sempre geram enormes conflitos sociais. Boff acredita que é preciso reconhecer as potencialidades dos pobres não apenas para engrossarem a força de trabalho, mas principalmente para transformarem o sistema social. Os pobres, organizados e articulados com outros atores da sociedade, são capazes de construir uma democracia participativa, econômica e social. “Essa perspectiva não é nem assistencialista nem progressista. Ela é libertadora”,a firma Boff.

Deus, liberdade e suicídio


Imagem: Suicídio, de Édouard Manet, 1877

Ricardo Gondim, no seu site
Ficou famosa a frase de Albert Camus sobre o suicídio: “O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder a uma pergunta fundamental da filosofia.” O existencialista francês não contemplou, com certeza, a questão pelo ângulo que vou abordar. Pego, entretanto, a afirmação dele para mostrar que a inciativa de acabar com a vida radicaliza a ideia de liberdade.
O suicida desafia as questões fundamentais do livre arbítrio. A liberdade de dizer sim ou não à própria existência contrapõe qualquer conceito de soberania divina. Até onde Deus controla o dedo que puxa o gatilho ou a mão que enlaça o pescoço? O suicida cumpre algum propósito preconcebido antes de seu nascimento?  Insisto em perguntar (sem cinismo): “Quem se mata interrompe por conta própria os planos divinos ou cumpre o papel que lhe foi designado antes da fundação do universo?”.
Para melhor entender o embaraço, imaginemos um debate sobre os limites da liberdade humana. O auditório está lotado. De um lado fica o grupo que defende teses deterministas: “cultura, genética e forças econômicas se somam a infinitos fatores circunstanciais, e ninguém é livre”. À esquerda, existencialistas meneiam a cabeça. Com chavões sartreanos, repetem: “a existência precede a essência, e a existência acontece no imperativo de ser livre”. No centro, teólogos agostinianos, dedo em riste, deixam claro: “a humanidade só conhece a liberdade de pecar”. Nas últimas cadeiras, niilistas gritam: “a vida não tem sentido algum e a própria necessidade de dar sentido à existência não passa de desespero em face da morte”. De repente, no meio da algazarra, um jovem se levanta. Ele carrega um revólver. Enfia o cano na boca, e antes que alguém possa evitar, puxa o gatilho.
No exato instante em que o rapaz escolhe acabar com a própria vida, os debatedores, perplexos, se entreolham. Não há o que dizer.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Ex-facebook: O cansaço da cultura da hipervisibilidade




Ricardo Neves, na Época Negócios capturado no Pavablog
Senti falta de uma pessoa que estava sempre presente no meu cotidiano do Facebook.
Dei uma procurada e a resposta veio assim:

Será um bug? Pensei.
Liguei para ela perguntando o que tinha acontecido.
“Cansei”, disparou minha amiga.  “Cheguei à conclusão que estava gastando um tempo excessivo da minha vida e das minhas energias. “Sabe do que mais?”
Ela seguiu elaborando: “Comecei a me sentir uma bisbilhoteira da vida alheia. Dei por mim fuçando coisas das pessoas de um jeito que eu não gostaria que fizessem comigo. Por outro lado, comecei a perceber como minha própria vida estava exposta. Por fim, conclui que é melhor investir tempo em cultivar meia dúzia de bons amigos na vida real do que 884 ‘amigos’ online!”
Tenho notado vários outros casos semelhantes. Outras pessoas me falam de conhecidos fazendo “suicídio virtual”.
Será a “fadiga do Facebook” começando a acontecer?  Isso já está sendo problematizado por profissionais que estudam comportamento humano, como psicólogos, antropólogos e sociólogos. (Quer saber mais sobre a ‘cultura da hipervisibilidade’ ou do ‘vício em facebook’? Procura que você vai achar coisas bem legais sobre isso!)
Tenho um pressentimento de que existem dois fatores negativos na ‘cultura de hipervisibilidade’ das redes sociais que poderão fazer com que o número de pessoas se desligando cresça de forma significativa.
O primeiro fator negativo é a sensação de perda de intimidade. As redes sociais digitais disponíveis até aqui criam uma sentimento de que seus participantes estão todos, simultaneamente, em espaço público.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Cresce a demanda por mentores espirituais entre os jovens

Sacerdotes e leigos tentam ajudar pessoas a encontrar Deus em suas vidas
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O jornal Boston Globe publicou nesta semana uma extensa matéria sobre o crescimento da demanda de mentores espirituais entres os jovens nos Estados Unidos.

A mentoria espiritual possui uma tradição de orientação religiosa com raízes no cristianismo primitivo. Durante séculos, os mosteiros e seminários ofereceram direção aos sacerdotes e membros de ordens religiosas. Mas a prática tomou outros rumos neste século, com mais pessoas, cristãs ou não, procurando ajudar para explorar a sua relação com o divino.

A Associação Internacional de Administração Espiritual, a maior organização conhecida do tipo, atendia cerca de 400 pessoas no seu início, em 1990. Hoje são mais de 6.000 somente nos Estados Unidos.

Impulsionado pela crescimento da geração chamada de “milenares”, que em maior número que as gerações anteriores se identificam como “espiritual, mas não religioso.” Uma pesquisa recente mostra que nos Estados Unidos, 25% dos jovens da “geração do milênio” não possui nenhuma filiação religiosa.

Ed Cardoza, diretor espiritual e fundador da Still Harbor, uma associação sem fins lucrativos sediada em Boston, diz que a maioria das pessoas que o procuram têm entre 20 e 30 anos. Alguns são os cristãos evangélicos que dizem ter uma forte relação com Jesus, mas perceberam que diferem da igreja de seus pais nas questões políticas ou sexuais. Outros não frequentam uma igreja, dizem ter passado por um “despertar espiritual” mas não sabem a quem pedir ajuda.

Neurocientista ateu afirma que Jesus, Abraão e Maomé sofriam de esquizofrenia

Neurocientista ateu afirma que Jesus, Abraão e Maomé sofriam de esquizofrenia
Um dos cientistas mais renomados do Brasil, o neurocientista Miguel Nicolelis, afirmou em uma entrevista à revista Planeta que as figuras religiosas de Jesus, Maomé e Abraão eram na verdade pessoas esquizofrênicas.

Nicolelis é conhecido mundialmente por seu projeto de colocar um adolescente brasileiro tetraplégico para dar o pontapé inicial aos jogos da Copa de 2012 usando uma veste robótica controlada pela força do pensamento. Ele explicava que há uma linha tênue que separa as pessoas ditas como normais e anormais, em defesa dessa ideia afirmou que o cérebro humano pode sair facilmente do estado normal e evoluir para o patológico.

Durante a entrevista, Nicolelis afirmou que “nos dias de hoje, aliás, a humanidade curiosamente é dominada por três esquizofrênicos que ouviam vozes, olhavam para o céu e achavam que alguém estava falando com eles”.

Quando perguntado sobre quem seriam esses três, o neurocientista firmou se tratar de Jesus, Maomé e Abraão, figuras centrais das três maiores religiões do mundo: Cristianismo, Islamismo e Judaísmo. “Jesus Cristo, Maomé e Abraão. Muito provavelmente os três precisavam de haldol (medicamento para esquizofrenia). É arbitrária qualquer classificação que defina as bordas da normalidade”, respondeu.

Queimem Seus Livros de Autoajuda

Por Stephen Kanitz, no seu blog


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20100924020435449-1283509520100924020435449-1283509520100924020435449-12835095"Ondfica a seção de autoajuda?", pergunta um cliente ao dono de uma livraria.
"Lamento não poder lhe informar.
Por princípio, essa é a única seção da nossa livraria que o cliente precisa descobrir sozinho."
Ao longo de 10.000 anos criamos vários mecanismos e instituições cujo objetivo era ajudar os jovens a descobrir os caminhos e as soluções para os problemas da vida.
O primeiro foi a família estendida, onde os avós eram o poço de sabedoria das famílias, a voz do bom senso, da ponderação.
Tínhamos também os tios, que não eram tão envolvidos quanto os pais, e podiam dar bons conselhos, nem sempre de acordo com os irmãos.
Tinha o irmão mais velho, que nos defendia e nos abria alguns caminhos.
O segundo mecanismo foi o poder do grupo, do conselho dos anciões, o shamam, as curandeiras, os mitos, os folclores, as tradições que continham verdades escondidas, conselhos milenares que naquela época ajudavam e muito.
Em terceiro foram as religiões escritas, as bíblias, os salmos com centenas de conselhos úteis, que embora pudessem ser considerados textos de autoajuda, eram escritos por pessoas com credibilidade, talvez até por Deus, e eram interpretados e explicados por sábios, sacerdotes preparados para esta função.
Em quarto, temos as Universidades, onde jovens iam à procura de uma profissão e muitas respostas para as grandes questões da vida, onde encontravam "mestres", "tutores" e discutiam em colóquios e acalorados debates entre os alunos.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Mãe de gay de Avenida Brasil é evangélica

publicado no Parou Tudoo
Atriz Paula Burlamaqui será mãe religiosa. Novela será boa oportunidade para discutir religião e intolerância

Roni (Daniel Rocha) ainda nem se revelou gay e já ganhou mais um obstáculo: o rapaz ganhará uma mãe evangélica em “Avenida Brasil”. Dolores Neiva (Paula Burlamaqui) ex-atriz de filmes pornográficos (conhecida no passado como Soninha Catatau) vai entrar na trama em breve.
Segundo informa a coluna de Patricia Kogut, de “O Globo”, o pai da rapaz, Diógenes (Otávio Augusto), receberá uma carta da ex-mulher querendo encontrá-lo. “Eu lá quero aquela doida? Aquilo é assombração, Silas!”, dirá o comerciante.
“Se o Roni fosse filho de chocadeira, tinha se dado melhor. Pior, meu Roninho cresceu achando que a mãe morreu num naufrágio. Como é que eu vou explicar agora que ela está viva?”.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Quanto custa, Paulo?!




Danni Distler, no Crentassos, capturado no Pavablog
Imagino que seja muito comum para quem vive de seu ministério, vez ou outra pensar sobre valores (financeiramente falando). Cobrar ou não cobrar, eis a questão!
No segmento musical isso fica ainda mais difícil de se responder. Atualmente a maioria dos ministérios musicais tem colocado preço eu seu trabalho. Alguns até tem cobrado o que seria um preço justo. Porém muitos acabam elevando os valores para cifras absurdamente incompatíveis com a pregação do evangelho (pelo menos do evangelho real)
Outro dia estava num desse  congressos de arte cristã, quando um dos preletores me contou que, num vôo que havia viajado recentemente, acabou sentando perto de uma dessas celebridades da músicas gospel. Acabaram conversando e no meio do assunto esse preletor lhe perguntou se não achava que era alto demais o valor ele cobrava para “ministrar” o louvor na igrejas. A celebridade então disse: – Sim eu acho! Mas o que eu posso fazer? A gente pede e a igreja paga! Então a gente aceita e vai!
Por muito tempo eu achei que os artistas cristãos eram culpados por transformarem as cifras musicas em cifras numéricas. Continuo achando que ele tem culpa sim. Mas depois de ouvir essa história, comecei também a pensar em o quanto a igreja é culpada disso também.
A primeira coisa que quero dizer sobre isso é que não acho errado o artista cobrar pelo seu trabalho. Muitos artistas cristãos vivem apenas do que a igreja lhes paga. Assim como um pastor recebe seu salário para pastorear, um artista deve receber seu cachê para se apresentar numa igreja. Porém duas coisas deveriam ficar claras: primeiro se o que o artista em questão está vendendo é seu trabalho ou seu chamado. Segundo se a igreja o está pagando para que ele venha porque prega lago relevante ou apenas para lotar a igreja, pois seu nome está em evidência na mídia gospel.

Homens de Deus - e da indústria

por Mônica Lucasespecial para o CADERNO 3
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Aline Barros, em apresentação no programa Paz e Amor, da TV Diário: disputada pelas majors, ela se mantém na gravadora especializada MK
FOTO: RODRIGO CARVALHO
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Estrela do casting da Sony Music, Padre Fábio de Melo é um dos campeões de vendas de disco no País, ao lado de Padre Marcelo Rossi
FOTO: SONY MUSIC/DIVULGAÇÃO
A indústria fonográfica ergue as mãos ao céu e agradece a ajuda do público cristão para se manter lucrativa


Apesar das constantes reclamações da indústria fonográfica, o setor conseguiu elevar em 8,4% suas vendas em 2011. Considerando as vendas físicas e digitais, o faturamento anual bateu R$ 373,2 milhões, em valores do atacado ao varejo. Para chegar a essa cifra, o mercado contou com a poderosa ajuda de um segmento específico, mas que não para de crescer: o da música religiosa cristã.

Na lista dos CDs mais vendidos no País, divulgada anualmente pela ABPD (Associação Brasileira de Produtores de Discos), chama atenção a presença de vários padres, pastores e artistas religiosos nas primeiras posições. Entre os dez álbuns que lideraram o ranking em 2011, quatro são de música católica e um de música evangélica. Ao ampliar a lista para 20 álbuns, mais dois nomes que misturam música e louvor entram no ranking.

Nem Paula Fernandes, nem Luan Santana. Eles até se saíram bem, mas o CD mais vendido no Brasil no ano passado foi "Ágape Musical", do Padre Marcelo Rossi, que superou 1,5 milhão de cópias. Junto a ele, os padres Robson, Fábio de Melo e Reginaldo Manzotti, além da cantora gospel Damares, deixaram comendo poeira nomes como Marisa Monte, Caetano Veloso e Maria Gadú, além de estrelas internacionais do porte de Adele, Beyoncé, Lady Gaga e Justin Bieber.

O predomínio dos artistas católicos e evangélicos no ranking é relativamente recente. Até meados dos anos 90, as músicas religiosas ainda eram um nicho muito específico e pouco expressivo de mercado. Ainda que, na década de 60, o Padre Zezinho já fosse um dos pioneiros ao deixar os limites das paróquias e gravar em disco, não era possível imaginar a grandeza dos números que esse gênero poderiam alcançar.

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