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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Crise asmática de amor.

Você já viu alguém com crise de asma? De criança a adulto não é algo muito bom, a necessidade de respirar e não conseguir, o peito parece que está sendo comprimido por ônibus. O ar é essencial a vida, mas só percebemos, de fato, sua importância quando precisamos dele e temos dificuldade de encontrá-lo. Infelizmente não existe cura científica conhecida para a asma, alguns medicamentos ajudam a aliviar seus sintomas, mas não há cura.

Tenho visto cristãos desiludidos e frustrados com a igreja, vazios. Não porque querem,  mas pela necessidade de buscar um relacionamento sincero com Deus, em muitas vezes, foi que os levaram a igreja. Este primeiro amor encontra com a fé, deixa-nos eufóricos com a descoberta do verdadeiro amor de Deus, que preenche este vazio assim como o ar preenche nossos pulmões. Mas o tempo passa, e a liberdade que Jesus prometeu aos que crêem, "Se pois  o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres" [João 8.36], começa a ser substituída por uma crise asmática de amor.

Assim como o ar é essencial para nossa vida física o amor e essencial para a vida cristã, o amor é base de tudo. O próprio Deus se apresentou ao mundo como sendo um Deus de amor, João diz que aquele que não ama não conhece a Deus, porque o próprio Deus é amor [1]. A superficialidade tem dado lugar a sinceridade, o ativismo tem dado lugar a dedicação e a devoção dando lugar a aprovação. Isto é um dos sintomas da crise asmática de amor. Não somos mais motivados pelas razões corretas, e alimentamos sentimentos de conformismo, quando o evangelho é na verdade revolucionário e desafia o senso comum.

O amor esfriou [2]. A injustiça se multiplicou e atingiu a igreja, permitimos que a sombra da religiosidade ofuscasse a luz de Cristo em nossas vidas, estamos satisfeitos em ir a igreja semanalmente, cantar, ler a Bíblia no texto que o pastor manda [quando ler]. Colocamos o lampião em baixo da mesa. Não fazemos por amor a Deus, o que fazemos nos torna mais como publicanos  e fariseus do que Cristãos.

O verdadeiro amor não está nos templos, não está nos conjuntos nem mesmo nos corais, o verdadeiro amor não está na recompensa do moralismo, pois Deus nos amou sendo TODOS nós ainda pecadores [3], o que nos leva a crer que Ele nos amará mais se aparentamos um amor de apenas de palavras? Quando fazemos algo sem amor, não fica apenas sem graça, fica destrutivo. Esperamos de Deus recompensas por nos comportarmos bem, estamos vivendo em uma crise asmática.

Precisamos redescobrir o prazer de amar sinceramente a Deus, sem que o cilício da religiosidade nos faça acreditar que somos melhores ou piores, santos ou pecadores. Só existem uma classe de pessoas: PECADORES [4]. O que nos diferencia é o arrependimento, que não possui grau nem intensidade, apenas uma mudança de atitude motivada pelo amor.

Esta crise tem cura, no amor eterno do Pai.



[1] Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus; e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. 1 João 4.7,8
[2] E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos. Mateus 24.12
[3] Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5.8
 [4] Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus. Romanos 3.23

Um comentário:

  1. Graça e paz Rodrigo! Fico muito feliz de pode comentar esse artigo pois o Rodrigo ministro essa msg na igreja que faço parte e foi algo de Deus! a forma que ele trouxe essa msg a igreja em si esta precisando de amor! e de pessoas sensiveis que falem a verdade não se importando que isso lhe custem a cabeça! gostei muito e espero te-lo outras vezes aqui na Igreja! abraço

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