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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Espelho meu, existe alguém mais pecador do que eu?

Imagem: jhmedeiros
No ultimo domingo após o culto, como de costume, trocamos algumas palavras com alguns irmãos que normalmente não vemos durante a semana, a esta altura já na calcada da igreja um senhor de meia idade interrompeu nossa conversa com a seguinte expressão, em um tom de deboche: “Vocês crentes se acham todos santos e felizes, não é?”. O resultado foi que a conversa não parou por aí, e outras perguntas afirmativas, tão ébrias quanto seu próprio estado etílico, se sucediam quase sem tempo para que eu, neste momento apenas eu e o meu novo interlocutor, tivesse tempo e digerir as perguntas. Mas não vou passar da primeira expressão como vocês, mas confesso que passei toda a semana com fleches desta rápida conversa na minha mente, associando suas expressões ao comportamento que a grande maioria dos cristãos atuais possuem que o levaram a afirma em tom irônico que somos santos.

Enquanto ele falava eu pensava, não sou santo, nunca me achei santo, nem acho que as pessoas que freqüentam esta, ou qualquer outra igreja seja santo, felizes talvez. Ou melhor, acredito que sejam felizes mas estejam confundindo felicidade com a auto-satisfação imediata como única fonte de felicidade, daí vem as frustrações e, paradoxalmente, o sentimento de infelicidade em alguns. Quando Paulo, o apóstolo, diz que não há nenhuma condenação para os que estão em Cristo, leve a compreensão equivocada de que santidade se traduza como perfeição e que desta forma podemos ser aceitos por Deus, mas não foi isso que Paulo disse, pois a graça imerecida de Deus foi derramada sobre nós de modo que o castigo da lei se cumprisse sobre seu filho nos livrando da exigência da lei, ou seja, não precisamos de perfeição para que Deus nos aceite.
Pensei, pensei, pensei... e percebi que na carta de aos romanos ele estava indignado com todos eles, como podiam ter abusado da graça e do sacrifício salvífico de Cristo para dar vazão aos seus desejos egoístas. Hoje, nós os romanos atuais não fazemos diferente, abusamos da graça, mas os que assumiram o lugar de Paulo fazem diferente, condenam uns, absorvem outros. Mas Paulo, não os intimidou com a possibilidade da ira de Deus cair sobre eles, mas os mostrou o quanto Deus os tinha amado e o quanto desejava que se voltassem para as coisas do Espírito. Eles nos alerta, todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, que nossas fraquezas devem nos levar para mais próximo de Deus, e não nos afastar dEle.

Por isso, neste capítulo Paulo questiona: Quem poderá nos separa do amor Deus? Nada! Não por nos acharmos santos, mas pelo amor dEle por nos. Assim, se eu perguntasse espelho, espelho meu, existe alguém mais pecador do que eu​​​? Ele responderia, todos pecaram e estão distantes de Deus, inclusive você. Não me julgo melhor do que ninguém, quem me conhece, conhece meus pecados, não condeno ninguém não pelo medo de também ser condenado, não por isso, pois cabe a Deus julgar a intenção do coração que é onde mais falhamos no julgamento alheio, avaliar a intenção do coração. Eu faço as palavras de Paulo as minhas, me considero o maior dos pecadores.

Se amarmos a Cristo, não seremos santos na concepção do senhor que me abordou no último domingo, também não teremos nossos desejos egoístas satisfeitos. Mesmo tendo a certeza da nossa luta contra os desejos humanos [que Paulo chama de carne], somos amados por Deus e teremos a certeza que ninguém poderá nos condenar, se é Cristo que nos justifica. Em todas as coisas desta vida, se tivermos o amor de Deus, SEREMOS MAIS DO VENCEDORES. Nada poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo!

[Leia: Romanos 8]

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