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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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terça-feira, 9 de dezembro de 2014

4 razões para abandonar as redes sociais

foto: flickr.com/todojuanjo/
foto: flickr.com/todojuanjo/
Carol Castro, no Ciência Maluca (via Pavablog)
Tudo começa com uma curiosidade. Seus amigos estão lá e não param de comentar sobre a novarede social do momento. Você entra, fuça e gosta. Instala no celular o aplicativo para não perder as novidades do seu feed de notícias. A todo instante, vai lá conferir quem curtiu seu post, suas fotos, seus comentários. Pronto: você está viciado.
E vai ficar mais viciado em redes sociais do que em cigarro. Foi o que mostrou um estudo de pesquisadores da Universidade de Chicago. Durante uma semana, 205 voluntários relatavam, a cada meia hora, quais eram os desejos mais fortes que sentiam naquele momento. Eles até resistiam aos impulsos consumistas e sexuais, mas não se aguentavam quando o assunto era checar o Facebook. A vontade de fuçar nas redes sociais era maior do que a de fazer qualquer outra coisa. Até fumar.
Aí você não se reprime e fuça mesmo. Não apenas confere as novidades alheias, como também posta um montão de fotos bacanas. E nessa corre o risco de perder amigos. Pois é. É que sempre vai ter alguém para sentir ciúmes – seus amigos que ficaram de fora ou o seu amor. E seu nível de intimidade com essas pessoas até cai.
Pelo menos foi o que disseram as 500 pessoas que participaram de uma pesquisa britânica. Eles contaram aos cientistas com que frequência alguns amigos lotavam o feed deles com fotos,como se sentiam, qual era o nível de intimidade com aquela pessoa. A maioria se afastava dos colegas que se exibiam muito nas redes sociais. Exceto, claro quando eram amigos muito próximos ou parentes.
Bem, se não bastava perder a simpatia de alguns conhecidos, você ainda corre o risco de engordar. E ficar pobre. A pesquisa da vez vem lá das universidades Columbia e de Pitsburgo. Eles convidaram 541 pessoas para uma brincadeira. Parte tinha acesso às redes sociais, enquanto os outros não. Depois de um tempo de espera, eles deveriam escolher entre um biscoito dechocolate e uma barra de cereal. Quem havia fuçado no Facebook costumava preferir a primeira opção. Esse grupo também se mostrava mais disposto a seguir impulsos consumistas e torrar todo o dinheiro desenfreadamente.
É um efeito colateral do seu bom relacionamento com os amigos que sobraram. “Quando as pessoas usam o Facebook elas ficam mais felizes com elas mesmas”, explica Andrew Stephen, co-autor do estudo. “E pessoas que se sentem bem tendem a se controlar menos. Eles se dão permissão para extrapolar em algumas coisas”, conclui.
O mais curioso é que talvez você não fique assim tão feliz. Ver o Facebook alheio pode te deixar um pouco deprimido. Os sociólogos Hui-Tzu Grace Chou e Nicholas Edge, da Universidade Utah Valley, entrevistaram 425 estudantes para saber se estavam felizes ou não com a vida, e se os amigos pareciam estar felizes. E contaram quanto tempo por dia ficava on-line. A conclusão: quem passava mais tempo em redes sociais tendia a achar a vida alheia mais interessante – e a própria vida um tédio. É fácil entender o motivo. As pessoas costumam relatar mais sobre momentos felizes do que tristes no mundo virtual. Aí parece que os dias delas, sempre tão interessantes, nunca têm tempo ruim.
E aí, vai continuar se arriscando?

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