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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Cid Guerreiro: “Não ganho como deveria com ‘Ilariê’”

publicado no iG


Ao iG, cantor reivindica direitos autorais pela execução da música, fala de trabalho gospel e comenta revelações de Xuxa


Foto: Canindé Soares/DivulgaçãoO cantor e compositor Cid Guerreiro

Difícil achar um único brasileiro que nunca tenha escutado "Ilariê", composta em 1987 - há 25 anos - por Cid Guerreiro para "Xou da Xuxa 3". Com 10,5 milhões de cópias, o álbum entrou para o Guiness Book como o disco nacional com o maior número de vendas, e “Ilariê” ficou 20 semanas em primeiro lugar nas paradas em 1988.
Além do sucesso nacional, a música foi traduzida para 80 línguas, afirma o cantor ao iG, por telefone, de Fortaleza, onde mora atualmente.
Músico gospel há oito anos, desde que foi levado a um louvor na casa de Carla Perez e Xanddy, Cid afirma que ganhou "rios de dinheiro" com direitos autorais na época do lançamento de "Ilariê", mas que hoje essa renda "não é como deveria".
Afirmando sempre que "não quer mais ganhar almas, e sim cuidar de almas", o baiano conta que está se preparando para entrar com uma ação contra o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), órgão responsável pela arrecadação e distribuição dos direitos autorais de execução musical no país.
Cid afirma que pretende cobrar o Ecad porque não estaria recebendo os direitos referentes à execução da música em buffets infantis e em carnavais fora de época. Procurado pela reportagem doiG, o Ecad diz que não tem conhecimento de qualquer irregularidade: “Nunca soubemos que essa música ainda era tocada em carnavais ou buffets”.
Leia abaixo a entrevista com Cid Guerreiro.


Foto: Canindé Soares/DivulgaçãoCid Guerreiro: 'Nos anos 1980, ganhei muito dinheiro'

iG: Como está a sua vida hoje?
Cid Guerreiro:
 É a melhor fase da minha vida. Antes tinha fama, sucesso e dinheiro, mas nada disso se compara com o que tenho hoje.
iG: O que tem feito?
Cid Guerreiro:
 Nesta semana, estou entrando em estúdio para gravar meu terceiro CD gospel, só de louvor e adoração.
iG: Você continua com o mesmo visual ripongo-relax...
Cid Guerreiro:
 Não mudei por fora, e sim por dentro. Meu coração hoje é limpo, puro e cristalino.
iG: Como aconteceu a sua conversão à religião evangélica?
Cid Guerreiro:
 Há oito anos, quando estava em São Paulo, tive uma noite muito difícil, não conseguia dormir. Na manhã seguinte, fui convidado para ir a um louvor na casa de Carla Perez e Xanddy.
iG: Foram eles que lhe apresentaram à palavra de Deus?
Cid Guerreiro:
 A reunião acontecia na casa deles. E como estava há anos fora do Brasil (ele passou uma temporada na Argentina), assim que cheguei, achei que fosse pegadinha de TV. Mas quando o bispo Ivo Dias começou a orar, percebi que Deus bateu na porta do meu coração. Comecei a chorar sem parar, levantei a mão involuntariamente e pedi a confirmação de Deus.
iG: Você ainda ganha dinheiro com "Ilariê”?
Cid Guerreiro:
 Sim, mas não como deveria. Nos anos 1980, ganhei muito dinheiro, a música foi gravada em 80 dialetos. E hoje é tocada no mundo todo, em todos os buffets infantis, assim como em todos os carnavais fora de época. Deveria estar rendendo muito mais do que está.
iG: Na época dizia-se que a música tinha um pacto com o diabo.
Cid Guerreiro:
 Não, nunca teve esse teor demoníaco. Hoje sou evangélico, mas já fui espírita, do candomblé, e não tem nada a ver. “Ilariê” vem de hilariante, engraçado, assim como "Tindolelê".
iG: Você disse que teve muito sucesso antes, mas sua vida não era boa. Do que se arrepende?
Cid Guerreiro:
 Hoje, com a palavra, tenho felicidade no coração e minha vida é maravilhosa. Não tenho do que me arrepender, eu era o que muitos são hoje, mas agora não quero mais ganhar almas, e sim cuidar de almas.
iG: Recentemente a Xuxa concedeu uma entrevista reveladora ao "Fantástico", na qual dizia ter sido abusada quando criança. O que achou disso?
Cid Guerreiro:
 Xuxa é uma figura linda, oro muito por ela para que encontre o verdadeiro Deus. Sinto que ela está passando por um momento difícil, se sentindo muito fraca. Mas há 25 anos, quando lancei "Ilariê", todos nós vivíamos como uma família e era excelente.

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