Por Hermes C. Fernandes, no seu blog
O Apocalipse se avizinha. Faltam menos de 24 horas para o fim do mundo. Amanhã, por estas horas, já não estaremos aqui. Tudo o que conhecemos terá desaparecido para sempre.
As autoridades mantiveram isso em sigilo, temendo o caos. Mas agora já é tarde. Nossos maiores temores se concretizaram.
Um enorme asteroide, como aquele que exterminou os dinossauros há 65 milhões de anos, está em rota de colisão com a Terra. Os oceanos evaporarão. A atmosfera de dissolverá. Milhões de espécies animais e vegetais serão exterminadas em segundos. Parece que Deus desistiu mesmo de Sua criação...
Talvez esta notícia provocasse uma onda de solidariedade em vez do caos. Talvez percebêssemos o quão ínfimos somos e o quanto necessitamos uns dos outros. Nossas certezas soariam como presunção. Nossos discursos não passariam de arrotos de arrogância. A possibilidade do fim talvez nos igualasse, derrubando velhas pinimbas.
Que importância teriam as fronteiras, as instituições financeiras, as ideologias, as denominações religiosas, as rixas, ante a iminência do fim do mundo?
Se tudo isso fosse real, o que você faria hoje, no último dia da humanidade?
Como aproveitar nossos instantes finais?
Quem tem compulsão em comprar, talvez pense que a melhor coisa a fazer é sair comprando tudo o que puder, se possível, a prazo. Mas quem venderia algo à prestação sabendo que o dia seguinte é o fim do mundo? E para que comprar o que não poderemos usufruir?
Outros poderão pensar que a melhor coisa a fazer é sair por aí fazendo sexo a torta e a direita. Quem teria libido numa hora dessas? Nada mais brochante que o fim do mundo, concorda?
Então, o que fazer? O tempo está passando... A contar de agora, só faltam 12 horas e...BOOM! Tudo vai pelos ares.
Quer uma dica? Tome nota:
Sabe aquele telefonema que você tem adiado? Chegou a hora. Sabe aquela declaração ou confissão que você precisa fazer o quanto antes? É agora ou nunca. Sabe aquele abraço apertado? O que você está esperando?
Aproveite para repartir o seu pão com os que nada tem. Para esses, pode ser que o mundo acabe na véspera por não terem o que comer.
E se por acaso o mundo não acabar, você não terá perdido absolutamente nada. Como dizia o poeta da minha geração: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”.
P.S. Não, o mundo não vai acabar. Para alguns, ele já acabou desde o momento em que se isolaram em seu mundinho egoísta, ignorando que haja tanta vida lá fora à espera do nosso amor. Deus jamais desistiu de Sua criação, tampouco entregou-a à própria sorte. Se houver amanhã (e depois de amanhã!), ame como se fosse o primeiro dia do resto de sua vida. Pois esta a melhor maneira de gastar, não apenas o último dia, mas a vida inteira.