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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Deus não é justo


fonte da imagem: Internet
por Rodrigo Cavalcanti

Que a vida não é justa isto nos já sabemos, mas não apenas ela, Deus também não é. Se Deus é justo como pode haver tanto sofrimento? Como alguém que cometeu tanta injustiça na vida pode alcançar salvação que os crentes tanto dizem ter, pelo simples fato de afirmarem que têm? Se Deus é justo como pode uma pessoa "boa" não alcançar a salvação como os crentes dizem ter por não serem de sua igreja?

Como Deus é justo? Não, não é.

Temos critérios bastante dúbios de justiça, critérios que foram incorporados em nós pela cultura, pela época em que vivemos, pela religião (ou ausência dela) de nossos pais. Tais critérios foram modificados, adaptados as nossas experiências, e pela a percepção que fomos adquirindo ao longo dos anos. Então, podemos nos considerar justos? Mais justos que Deus? De forma alguma, você deve estar pensando. Isso já é um bom começo, não nos considerarmos mais justos que Deus.

Na justiça humana precisamos das leis para que os julgamentos tentem ser os mais imparciais possíveis, que julguemos segundo estas leis. Nossa tentativa é minimizar erros e a parcialidade. Mas e Deus, como ele julga? Pois, para julgar é preciso ter leis, princípios pelos quais se apoiará, e Ele os têm, e não são os  nossos.

Já Deus, não nos julga conforme nosso senso de justiça, nem muito menos segundo nossas leis. Davi faz uma oração confessional à Deus: [Deus] não nos trata conforme os nossos pecados nem nos retribui conforme as nossas iniqüidades. Pois como os céus se elevam acima da terra, assim é grande o seu amor para com os que o temem; e como o Oriente está longe do Ocidente, assim ele afasta para longe de nós as nossas transgressões.[1] É neste aspecto que afirmamos, DEUS NÃO É JUSTO, pois não nos julga conforme nossos padrões corrompidos de justiça, pois se assim fosse, não teríamos como escapar da condenação.

Deus não está alheio ao sofrimento humano, as suas dúvidas, aos seus medos e as catástrofes naturais ou militares que assolam a humanidade. Como diz o Pr. Ricardo Gondim, Deus está imerso no sofrimento humano, quando o Verbo se fez carne trouxe sobre Ele o preço da inconsequência humana, sofreu com os que sofriam, e morreu por todos nós. Cristo levou sobre si todo o preço da condenação, profeticamente Isaías diz que sob suas pisaduras fomos sarados, o castigo que nos trouxe a paz estava sobre ele. Esta foi a justiça divina, entregar seu único filho à morte para que por meio dela chegássemos a vida.



O profeta Isaías ouve de Deus o seguinte"Sou eu, eu mesmo, aquele que apaga suas transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de seus pecados."[2]. Graça, favor imerecido, esta é a justiça de Deus.

Por que por meio da graça alcançamos a salvação. O apóstolo Paulo diz que esta salvação não vem de nós, é dom gratuito de Deus para que nenhum ser humano glorie-se de ter se salvado.[3]

Dou graças a Deus por ele não ser justo pelo conceitos humanos de justiça, mas por sua justiça exceder a nossa compreensão e ao mesmo tempo ser simples.

Sua simplicidade se resume num convite: SIGA-ME.


[1] Salmo 103.10-12
[2] Isaías 43.25
[3] Efésios 2.8,9

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