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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O deus desconhecido

  
Romanos 1.9 
"porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou."

Não gosto de discussões teológicas, mesmo na época em que eu estava no seminário eu não costumava entrar em embates teológicos, por dois motivos bem simples: não me convencia com metade dos argumentos que ouvia e não acredito que eles nos esclareçam mais sobre Deus. Estas discussões, normalmente, deixam de ser sobre Deus para ser quem é mais inteligente, por outro lado, posso passar horas falando sobre Deus mas não discutindo sobre Ele. A arrogância humana muitas vezes beira a loucura, ao tentar colocá-lo em um tubo de ensaio.

Mas quem é Deus? Para que serve Deus? O que sabemos sobre Deus? Por que Deus permite tanto sofrimento?

Poderíamos divagar em busca de respostas e argumentos para defender ou condenar a pessoa de Deus através destas perguntas, mas não vou fazer isto, creio em Deus não por que posso vê-lo ou tocá-lo (e não posso), mas tenho certeza da sua existência e ação, tão claro quanto a luz do sol. Todos nós temos a necessidade emocinal e espiritual de crermos em algo ou algém maior que nós, devido a nossa necessidade de nos sentirmos seguros, acredito também que esta necessidade foi colocada por Ele para que de alguma forma buscássemos ter a experiência de nos relacionarmos com Deus de maneira única, pessoal e intransferível.

Não vou usar silogismo, pois não podemos compara o infinito com o finito, pois se  isso fosse possível  Deus não seria Deus, não podemos comparar o auto-existente com a criatura. Tudo que podemos conhecer de Deus já está revelado, e digo podemos, pois se um dia acreditarmos que poderemos conhecer tudo sobre Deus, todo o processo da mente de Deus, ele não seria Deus, pois seria finito. [Romanos 1.9]

Em parte conhecemos e em parte anunciamos o Deus que cremos, mas haverá o dia que o "em parte" não existirá mais [1 Corintios 13.9] e então o veremos face a face, e a face que veremos é a face vísivel do Deus invisível, Jesus Cristo.

"Ele, o primeiro Filho, é a revelação visível do Deus invisível; ele é superior a todas as coisas criadas."  Colossenses 1.15

Quando João diz que o verbo se fez carne, e o verbo era Deus, e habitou entrou nós, traduziu a maior revelação do amor encarnado, e foi nesta perspectiva que o próprio João afirma que aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é o próprio amor. E seu amor foi de tal maneira que se fez filho, homem, carne para que fosse conhecido pelo seu amor e compaixão pela humanidade. [João 1]

Por isso, não debato sobre Ele, não defendo Deus. Pois aqueles que se aproximam dEle é necessário crer que ele existe, e abençoa aqueles que o buscam de todo o coração. Não com bençãos barganhadas em troca de favores, mas na entrega de vida.

“Quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam” 
 Hebreus 11:6

Criamos um deus bipolar guiado apenas  por seu poder e a sua justiça ou quem sabe um deus distante e ausente sem preocupar-se com as aflições humanas, este é um deus desconhecido,  mas ele se apresentou como um Deus de amor, que ama o humilde de coração para que possa exaltá-lo, o quebrantado de espiríto para que possa reergue-lo, que liberta encarcerados das prisões da alma, preenchendo o vazio que pode ser ocupado apenas por um ser imutável, infinito, invisível e real.

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