Sem negociação!

Durante muito tempo no cristianismo o dilema anunciado para as pessoas era discutido entre o céu e o inferno, creia em Cristo para ir para o céu ou do contrário herdará o inferno. Hoje, assim como foi nos tempos de Cristo, o dilema do cristão não pode se restringir a esta dicotomia, mas também devemos incluir os dilemas da terra, ao nosso comportamento e nossas escolhas diárias. Cada escolha e decisão definirá  o rumo da nossa vida, o caminho que estamos construíndo afetará nós mesmos e outras pessoas ao nosso redor.

Fonte da Foto: Aldeia Olímpica

O padrão moral do cristão contemporâneo foi enfraquecido pelo falso moralismo, ao invés de reconhecermos nossas debilidades, passamos a desejar que os outros sejam o que não podemos ser, fez com que cedessémos e negociássemos o inegociável. Não podemos negociar algumas coisas, uma delas é o caráter. Ouvi uma frase do Pr. Carlito Paes (@carlitopaes) que procuro deixar sempre a vista: "Cuide do seu caráter, que Deus cuida da sua reputação". O primeiro rei de Israel, o jovem Saul, teve seus altos e baixos no que diz respeito ao dilema terreno, mas tem um episódio que deve ser relembrado aqui, para nos mostrar a atualidade das verdades bíblicas.

Uma das cidades de Israel, Jabes-Gileade, estava sitiada pelo exército dos amonitas, que para não serem disimados propuseram uma aliança a Naás, chefe dos amonitas, dizendo: "Faça aliança conosco, e te serviremos" [1 Samuel 11.1]. Parafraseando Naás ele disse: "Ok. Eu faço uma aliança com vocês, desde que todos vocês arranquem o olho direito [literalmente]" (grifo meu) [1 Samuel 11.2]. Daí os líderes pediram sete dias para que pudessem pedir socorro as demais tribos de Israel, se ninguém viesse socorre-los aceitariam a propostas dos amonitas.

Quando o jovem Saul soube do que estava acontecendo, irou-se pelo fato da passividade da negociação de sua liberdade e permitirem que tivessem seus olhos arrancados caso não chegasse ajuda a tempo. Saul lutaria a até a morte. Não podemos nos acorvardar diante da pressão do inimigo, não podemos entregar os pontos mesmo antes da guerra começar, ainda que perdamos uma batalha, não entregue a guerra sem lutar.

Jamais faça acordo com o mal! Com base em que estamos tomando nossas decisões? O lugar onde colocamos Deus em nossa vida faz toda a diferença. Guiado por Deus, Saul conduziu o povo na lutar contra os amonitas e venceu a batalha que poderia ter custado, literalmente, os olhos de toda uma cidade. Perderiam a visão, sem visão não a condução, não poderiam mais lutar, nem se defenderem. Não se deixe cegar por propostas ilusórias de liberdade, e satisfação pessoal ou para minimizar um problema. LUTE!

Jesus no início de seu ministério terreno, recebeu algumas propostas indecentes após ter passado 40 dias de jejum e oração, quando foi conduzido ao deserto para tentado pelo diabo. Com fome, lhe foi sugerido que transformasse pedras em pães. Na limitação do corpo humano, foi tentado a fazer uso da sua autoridade sobre os anjos. Na mente, foi tentado na vaidade do poder. Para todas as tentativas de negociar sua missão, de invalidar o plano que já estava traçado antes da fundação do mundo, ele respondeu com base na própria argumentação bíblica [Mateus 4.1-11].

Vivemos no tempo do tudo ou nada, portanto, não negocie para ter um meio termo. Não venda sua alma, não negocie a visão que Deus lhe tem dado, não venda sua moral, não negocie seu caráter. Nossos maiores dilemas estão na terra, e não entre o céu e o inferno. Jesus advertiu que no mundo teríamos aflições, mas que tivéssemos bom ânimo, pois Ele venceu o mundo e todas as negociatas que podem nos ser sugeridas para que comprometamos o plano de Deus para sua e para minha vinda. Cabe a nós fazermos nossa parte!