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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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domingo, 17 de outubro de 2010

A grande Omissão


Foto: rsurgente.opsblog.org

“Os onze discípulos foram para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes indicara.  Quando o viram, o adoraram; mas alguns duvidaram.  Então, Jesus aproximou-se deles e disse: Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.” Mateus 28.16-20

Antes de tudo, este título não é meu, é de Dallas Willard, autor do livro que ganhou este título, foi publicado em 2006 e sua primeira edição no Brasil foi em 2008. O objetivo com este post não é fazer uma resenha do livro, mas fazer uma reflexão baseada em alguns comentários e colocações do autor do livro sobre o verdadeiro papel da igreja, que somos nós, no cumprimento da ordenança de Jesus registrada nos evangelhos.

Ser cristão, evangélico já não é tão incomum como antigamente, estes rótulos eram aplicados apenas para pessoas consideradas ignorantes, com desvio de conduta ou desesperadas. Há alguns anos, estes tais evangélicos eram considerados povo barulhento, inconveniente e ladrão [usurpador do dízimo alheio]. Alguns destes rótulos permanecem até hoje, mas como tem mais gente rica e influente anunciando que é evangélico, já não temos tantos rótulos assim, ou melhor, não são tão alardeados. Como está na moda ser evangélico; atores, pessoas famosas, jogadores de futebol são, então por que eu não posso ser gospel?

As pessoas estão se tornando evangélicos nominais, assim como muitos se anunciam católicos, só porque nasceram numa família católica, ou para não dizerem que não possuem uma religião, ou qualquer outra religião. Mas isso não é total responsabilidade das pessoas que simpatizam com o evangelho, não, é bom  que o evangelho caia na graça das pessoas, assim como caia no período dos apóstolos. Mas não podemos trazer apenas seguidores para Cristo, precisamos fazer discípulos. 

As pessoas têm entrado nas igrejas e têm sido doutrinadas para compreenderem a doutrina da igreja, a trindade, o batismo, a criação, o pecado, a salvação, expiação, anjos, demônios, céu e inferno. Após tudo isso, para as igrejas que ainda se preocupam em ensinar sobre isso, acham que criaram um discípulo de Cristo! Podemos compreender, sermos professores, de todos estes assuntos sem jamais nos tornarmos discípulos de Cristo sem que haja uma caminhada com Cristo, viver como ele viveu, e isto se refere ao dia-a-dia, e não apenas ao conhecimento adquirido. É neste ponto que a Grande Comissão se transforma na Grande Omissão.

Jesus disse claramente o que devemos fazer: discípulos, e não nos preocuparmos em fazermos igrejas “bem-sucedidas”, cheias de pessoas vazias. Precisamos levar as pessoas a caminharem com Cristo, lado a lado, desta forma a obediência a Cristo vem em conseqüência ao conhecê-lo e caminhar com Ele. Mas Cristo não está aqui, e agora? Esta é nossa responsabilidade com discípulos, de andar como ele andou, seguirmos seus passos. Será que temos a coragem de afirmar como Paulo afirmou:

“Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” 1 Coríntios 11.1

“Meus irmãos, continuem a ser meus imitadores. E olhem com atenção também os que vivem de acordo com o exemplo que temos dado a vocês.” Filipenses 3.17

Ser comissão, sem omissão, não é uma tarefa apenas para pastores e líderes, é para todos. Ser comissão não pode apenas dizer e não fazer. Cada cristão foi comissionado para “ir”, caminhar junto, compartilhar. Isto não implica em sermos perfeitos, pois o próprio Paulo também tinha suas fraquezas e imperfeições, reconhecia e expunha suas fraquezas:

“Não estou querendo dizer que já consegui tudo o que quero ou que já fiquei perfeito, mas continuo a correr para conquistar o prêmio, pois para isso já fui conquistado por Cristo Jesus.” Filipenses 3.12

Omitimos-nos quando dizemos: “Não olhe pra mim, olhe para Cristo, eu sou imperfeito”. Queremos com  isso retirar a responsabilidade que Cristo deixou para todo aquele que deseja ser seu discípulo. Sou imperfeito sim, mas caminho na busca de me aproximar de Cristo. Faça o mesmo!

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