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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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sábado, 23 de outubro de 2010

Investimento, dívida, doação e família [2/4]

“A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei” Romanos 13.8

Foto: Negócio de Família
Normalmente temos dificuldade em atribuir o valor adequado as coisas, até porque, o processo de valorização ou depreciação de qualquer coisa depende do sistema de crenças e valores que cada indivíduo acumulou ao longo de sua trajetória de vida. Assim, o que pode ser valioso para um, pode não ter valor algum para o outro.

Em nossa cultura não temos o hábito de falar sobre finanças com nossas crianças, hoje em dia até que esta barreira tem sido reduzida, mas eu não tive o privilégio de poder conversar abertamente sobre o assunto com meus pais, como muitos também não tiveram. Pois, para falar sobre finanças não precisamos ser ricos ou termos dinheiro sobrando para falar sobre o assunto, pelo contrário, quando os recursos financeiros são escassos é que devemos estar mais atentos as finanças, ao valor daquilo que desejamos ou precisamos adquirir, as prioridades e escolhas na hora da compra. Esta falta de sabedoria de como lidar com o valor das coisas é que faz muitos ganhadores de prêmios milionários ficarem pobres em poucos anos.

Em finanças, temos 3 conceitos básicos que é importante conhecermos para podermos atribuir os valores corretos onde estamos aplicando nossos recursos. Investimento, dívida e doação. Não tenho a intenção de esgotar o assunto, nem entrar nos conceitos técnicos dos termos, mas apenas conhecer um pouco sobre eles para entendermos sua relação com a família. Então, podemos entender de maneira bem simplista:
Investimento, podemos entender como sendo a aplicação de recurso que após um período de tempo foi aumentado por obtenção de juros ou valorização pelo mercado, fazendo com que o recurso investido seja ampliado, ou pela obtenção ou troca por um bem de maior valor.

Dívida, podemos entender como sendo a aquisição de algum bem ou serviço por meio do crédito ou financiamento, que se paga além do valor justo, pelo bem ou serviço, um valor a mais para quem correu o risco de lhe conceder o crédito.

Doação, podemos entender como sendo o ato voluntário de conceder a outro algum benefício pelo qual não obteremos nenhuma vantagem ou recompensa, não receberei juros, nem mesmo o valor integral ou parcial do que eu estou doando.

Na família, devido à deficiência de compreensão correta do valor de nossas relações, achamos que devemos investir na família para termos um retorno no futuro. Normalmente, nos frustramos, pois não achamos que o que estamos recebendo é suficiente para pagar o sacrifício que fizemos no passado pelos nossos filhos, marido, esposa ou qualquer familiar que tenha necessitado de nosso investimento de tempo, dinheiro ou dedicação. 

Por outro lado, não podemos nos sentir como eternos devedores, por termos sido privilegiados por nossos pais, avós, ou qualquer outro familiar que tenham investido tempo, dinheiro ou atenção em nossas vidas. As relações familiares não devem ser baseadas em recompensas, pois não temos como pagar, nem tão pouco jogar na cara de quem ajudamos os nossos favores.

Desta forma, doar é a melhor forma de fazermos qualquer coisa por nossa família. Não espere recompensa, nem seja um credor incompassivo. Pois aquele que sabe que deve fazer o bem e não faz, nisto já está pecando (Tiago 4.17). Devemos doar amor, compreensão, compaixão, zelo, cuidado, respeito, investimento de tempo, dinheiro...

Quando teremos alguma retribuição humana? Não sei. Pode ser que nunca tenhamos, por isso não podemos viver frustrados pelo que não temos, mas precisamos valorizar o que temos aqui e agora. Entenda o real valor da família, não agindo com cobranças desmedidas para satisfazer sua própria vontade, nem muito menos servindo com sendo um escravo pagando sua carta de alforria. Sirva em amor, como sendo para o próprio Deus.

Para reflexão:
“Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela. Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo. Quem ama a esposa a si mesmo se ama.” Efesios 5.25,28

“Esposa, obedeça ao seu marido, pois é o que você deve fazer por ser cristã. Marido, ame a sua esposa e não seja grosseiro com ela.  Filhos, o dever cristão de vocês é obedecer sempre ao seu pai e à sua mãe porque Deus gosta disso.  Pais, não irritem os seus filhos, para que eles não fiquem desanimados.”  Colossenses 3.18-21

“a fim de instruírem as jovens recém-casadas a amarem ao marido e a seus filhos” Tiago 2.4

Maridos, vós, igualmente, vivei a vida comum do lar, com discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações” 1 Pedro 3.7

O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, semelhantemente, a esposa, ao seu marido” 1 Corintios 7.3

Um comentário:

  1. Caro Rodrigo, Show, excelente conteúdo...

    Att.,
    http://wwwteologiavivaeeficaz.blogspot.com/

    Profº Netto, F.A.

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