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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Igreja casulo

imagem: Google


Num Brasil cada vez mais evangélico temos nos tornado menos cristãos. Sim, menos cristãos! Corro o risco de estar generalizando, sim corro. Mas devemos nos manter distantes dos riscos? Nesta tentativa no manter-se fora do alcance dos riscos, nos vemos trancafiados num casulo chamado igreja, inóspito, frio, impenetrável... e lamentável.

Precisamos parar, repensar, reconstruir, renovar nosso entendimento diante do contexto em que estamos inseridos. Renovem-se pela transformação do vosso entendimento, disse Paulo aos romanos. O próprio Deus mudou, não sua essência, mas seu método, sua forma, sua interação, a forma como se revelou e se revela ao homem ainda hoje. Mas nos não, acreditamos que não podemos remover os marcos de nossos pais, estamos leigos, inclusive na interpretação das escrituras. Os marcos aos quais Salomão se referia não eram relativos os padrões, métodos ou formas outrora aplicados, mas ao furto.

Josué Campanhã, em seu livro "Discipulado que transforma", diz que um cristão que não entra em crise não pode sofrer uma mudança significativa no seu modo de viver. Precisamos despoluir o reservatório, despir-nos de velhos hábitos, nos curar do "vírus" do legalismo. Paulo já avisou, um pouco de fermento leveda toda a massa, mas quem é o fermento aqui? Só achamos que somos a massa, massa de manobra, suscetível  a qualquer contaminação pelo fermento do mundo. Devemos ser o fermento, o sal, o sabor, e se não cumprimirmos esta missão, servimos para que?

"Uma missão superficial gera discipulado e ensino superficiais. Discipulado e ensino superficiais realimentam uma missão superficial"
Josué Campanhã, em Discipulado que transforma 

Devemos romper o casulo.


Devemos sair da superficialidade, transvestida de santidade. Ocultamos o que pensamos, opinamos pela massa, seguimos a massa, com o medo de sermos apontados como sendo o "do contra". Não são os conformados que mudam o mundo, não foram os orgulhosos e santos aos quais Deus entregou a projeção do seu Reino através dos séculos, Elias foi um homem sujeito as mesmas paixões que nós, e mesmo assim orou e parou de chover e depois orou novamente e voltou a chover, não somos diferentes de Elias. Lembre-se, somos o sal, devemos ser o fermento.

Somos humanos, falhos, sujeitos a toda sorte de imperfeições, mas foram nas mãos de pessoas imperfeitas que Deus entregou sua igreja. Pessoas que romperam o casulo da tradição e permitiram ter suas vidas transformadas de dentro para fora.

Igreja não é muleta, e se ainda acreditar que seja um casulo, que seja para lhe causar uma transformação.


Um comentário:

  1. Poxa...grande verdade! Como cristãos, devemos sempre nos fazer esta pergunta: "O que faria Jesus no meu lugar"? Mas fazê-la de maneira profunda, não com nossa "bagagem" humana, superficial, rasa...Devemos exercitar mais a nossa unidade para com os outros. Amar os que nos amam é fácil, o difícil é aceitar as pessoas como elas são! Nesse aspecto, as igrejas estão realmente sob uma redoma!

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