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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Susipe faz primeiro batismo religioso em presídio de segurança máxima

O batismo religioso é uma das formas de fazer a
ressocialização dos internos, conforme prevê
a Lei de Execução Penal do Brasil



A emoção tomou conta da primeira cerimônia de batismo religioso feita no Brasil em uma penitenciária de segurança máxima. Foram batizados nesta terça-feira (29) 35 internos do Centro de Recuperação do Pará III, no município de Santa Isabel do Pará, nordeste do Estado. A conversão à religão evangélica é fruto de trabalho desenvolvido pela Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe) em parceria com as igrejas Assembleia de Deus, Deus é Amor e Igreja do Evangelho Quadrangular.
A celebração do batismo foi conduzida pelo pastor Adelson Martins, que representou o pastor Walber Duarte, líder da organização não-governamental (ONG) 100% Liberdade, que desenvolve trabalhos evangelísticos desde setembro de 2009, resgatando a fé e proporcionando novas perspectivas aos reclusos. Ele explicou aos internos que o batismo significa “nascer para uma nova vida”, uma simbologia que representa um ato de mudança e fé.
Ainda que vocês estejam privados de liberdade, a partir de hoje estão libertos pela presença poderosa de Cristo”, disse o religioso. Para o diretor do centro de recuperação, Janderson Paixão, entre os elementos previstos na Lei de Execução Penal brasileira, o que mais ressocializa é a assistência religiosa. O desafio como gestor é trabalhar concomitantemente a educação e o trabalho, aliados à religião.
É o marco de uma nova história. Cada interno firmou um compromisso com Deus para ser multiplicador de um novo testemunho. A ajuda dos detentos será fundamental para aliviar a tensão no cárcere”, continuou o diretor, lembrando que a Susipe oferece uma ótima oportunidade para quem quer se ressocializar. “Estava em liberdade, mas estava preso pela vaidade, poder e dinheiro. Foi preciso acontecer tudo isso comigo para eu conhecer o caminho que leva à boa fama”, disse o interno João Batista Ferreira Bastos.
O interno Sidney Carlos da Silva disse acreditar que o acesso à religião é a principal ferramenta para ressocializar a pessoa privada de liberdade. “O batismo representa o resultado de sucesso do trabalho de reinserção social e o apoio que a direção da casa penal tem garantido”, comentou. Representantes das igrejas participantes vão aos estabelecimentos prisionais uma vez por semana para pregar o Evangelho e ressocializar os internos.


via Agência Pará

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