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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Acho que estou começando a entender o que Paulo disse...


I Corintios 13

Aprendi que o reino de Deus são as pessoas e não as coisas, sejam elas quais forem. As pessoas são mais importantes que os templos, os eventos, o dinheiro e o que mais alguém conseguir enumerar. Mas, vivemos construindo e fazendo coisas. Sejam templos melhores, congressos, festas, acampamentos. Estamos montando peças teatrais, bandas, grupos de louvor... são coisas que não acabam mais.
Já vi gente ficar chateada por não ser chamada pra cantar no louvor, já vi gente que cantava mesmo sem ter o menor jeito porquê não queriam “ferir” a irmã que atrapalhava todo mundo. Vi gente sendo massacrada por um líder autoritário que levava ao pé da letra o “quem não é comigo é contra mim”. Todo mundo, se não passou, vai passar por alguma situação desse tipo.
Ultimamente tenho também visto muita gente reclamar da igreja, das reclamações mais diversas possíveis. O leitor pode gastar um pouco mais de tempo nesse blog e ver algumas dessas reclamações.
Lembro que Jesus certa vez citou que o inimigo plantaria o joio em meio ao trigo, e não seria responsabilidade da igreja separar um do outro, mas de Deus e no tempo dele. Lembro ainda que o mesmo inimigo trabalha para atrapalhar a igreja e para desviá-la do caminho a todo tempo.


Isso tudo me faz perguntar: qual é o limite? Até onde o fim justifica o meio? Pra fazer um evento que abençoará 10 mil pessoas posso massacrar 100 pessoas da minha igreja que trabalham comigo? Posso sair por aí metendo o cacete na igreja por enxergar um monte de coisas erradas que ninguém mais vê? Confesso que nunca soube perceber qual seria esse limite.
Há algumas semanas visitei minha igreja mãe. Hoje, um irmão que considero altamente maquiavélico e com graves falhas de caráter é um grande líder na igreja. Após organizar um evento digno das grandes igrejas internacionais, como a Hillsong, ele falou pra igreja o seguinte:
“Antigamente eu só fazia reclamar. Reclamava do que as pessoas faziam e como eram, mas não fazia nada a respeito. Hoje, mudei de atitude. Resolvi ajudar e fazer ao invés de reclamar. Sou cheio de defeitos. Nem sempre acerto. Nem sempre faço o bem que quero. Mas, você que está vendo isso: venha me ajudar a melhorar, venha me ajudar a acertar, vamos juntos.”
Isso foi um tapa na minha cara. Doeu. Aquela palavra me fez perceber a linha, ela é delimitada pelo amor. Somos pessoas falhas, inevitavelmente as pessoas que convivem conosco vão sofrer os efeitos dessas falhas. Mas, o amor é o que nos une, tudo suporta e tudo supera.
No amor está a diferença. Foi o amor de Jônatas que salvou Davi, foi o amor de Rute por Noemi que a levou a ser da genealogia de Jesus. Foi por amor que Deus deu seu único filho para morrer em nosso lugar e tomar a nossa culpa.
Por isso, sem ele, as profecias, as línguas, os milagres, a caridade, a ciência, nossas reclamações, o grupo de louvor ultra-afinado, o templo maravilhoso e todo o resto passarão e não valerão de nada.

Estando reclamando ou trabalhando, mesmo que ferindo outros em algum momento, que tudo seja feito por amor.

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