Líderes religiosos de diferentes credos comentam a decisão que dá ao paciente terminal o direito de rejeitar o prolongamento artificial
publicado originalmente no site da Band
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Em momento de grandes mudanças éticas, é comum que haja espaço para confusão, especialmente quando questões religiosas estão envolvidas. Foi o que aconteceu na quinta-feira, quando o CFM (Conselho Federal de Medicina) decidiu que, a partir daquela data, os pacientes que sofrem de doenças terminais podem decidir não ser mantidos vivos com o uso de meios artificiais, como respiradores.
Uma boa parcela dos brasileiros que segue alguma religião deve pensar que a decisão é contra as doutrinas que professam. Isso não é verdade no caso de quatro entre cinco grandes grupos consultados pelo Metro.
Igreja Católica, Comunhão Espírita, Igreja Evangélica Luterana e Opus Dei apoiam a decisão do CFM. A única instituição que se posicionou contra foi a protestante Assembleia de Deus.
“Trata-se de normas para um médico poder agir de maneira legal e ética em relação a um paciente em fase terminal, isto é, sem nenhuma perspectiva de recuperação”, comunicou o arcebispo Raymundo Damasceno.
Assis, em nome da Igreja Católica. “A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil não é contra, enquanto se trata do uso de recursos extraordinários, que podem trazer mais sofrimento para o paciente e para a família.”
O Opus Dei, instituição conhecida pelo rigor com que segue os preceitos cristãos, como de costume, posicionou-se de acordo com a Igreja Católica.
Entre os evangélicos, a Igreja Luterana prega que a decisão é correta e humanitária. “Cabe à ciência reconhecer sua limitação e permitir ao ser humano que não seja forçado a se sujeitar aos recursos que promovem a distanásia (o prolongamento desnecessário da vida)”, argumentou o reverendo Paulo Moisés Nerbas.
Opinião similar foi defendida pelos espíritas. “A proposta vai ao encontro de uma medicina mais humanizada, que enxerga a morte não como uma inimiga, mas o morrer como um momento que deve ser vivenciado com dignidade.”
A única igreja que manifestou-se contra a resolução foi a Assembleia de Deus. “Todos os recursos para a manutenção da vida devem ser tentados até o fim”, alegou o pastor Lelis Washington. “Há sempre chance de cura do pacienteno plano divino.”
Não é eutanásia
Entenda a diferença:
Eutanásia: acelera-se, com métodos artificiais, a morte de um paciente. A maioria as religiões é contra.
Ortotanásia: Em caso de doença terminal, sem chance de cura, o paciente não é mantido vivo com meios artificiais. Permite-se que a morte siga o curso natural.
/// Sem entrar no mérito de apoiar ou não, como é que o autor do artigo pega a opinião um líder de 5 comunidades religiosas e embasa a defesa de seus argumento??? #duvidoso
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