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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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domingo, 11 de março de 2012

O caráter subversivo do evangelho




Por Rodrigo Cavalcanti, publicado 

O evangelho subversivo que Jesus nos trouxe já não é mais como era, tornou-se um evangelho de prateleira, com vários rótulos e sabores. Não porque o evangelho tenha mudado em si, mas os que o anunciam já não são como os que o anunciavam. Atender a demanda do público cada vez mais egocêntrico, preencher os vazios interiores com palavras que gerem expectativas de riqueza e satisfação pessoal tem sido a proposta mercantilista deste novo evangelho.

“Pois vai chegar o tempo em que as pessoas não vão dar atenção ao verdadeiro ensinamento, mas seguirão os seus próprios desejos. E arranjarão para si mesmas uma porção de mestres, que vão dizer a elas o que elas querem ouvir”
2 Timóteo 4.3


Este tempo chegou, ou talvez venha se perpetuando e intensificando a anunciação deste evangelho que Paulo chamou de maldito. O cristianismo não foi dado por Deus apenas para dar conforto interior ao homem, ou sentirmos uma satisfação de estarmos seguros na igreja, como se estivéssemos dentro de uma bolha, livres de todas as mazelas que apodrecem o mundo, seguros em um mundo de fantasias. Não, não foi esta a intenção de Deus.

“Estou muito admirado com vocês, pois estão abandonando tão depressa aquele que os chamou por meio da graça de Cristo e estão aceitando outro evangelho.
Na verdade não existe outro evangelho, porém eu falo assim porque há algumas pessoas que estão perturbando vocês, querendo mudar o evangelho de Cristo.
Mas, se alguém, mesmo que sejamos nós ou um anjo do céu, anunciar a vocês um evangelho diferente daquele que temos anunciado, que seja amaldiçoado!”
Gálatas 1.6-8

O que temos visto por muitas igrejas e líderes religiosos são frases e slogans de efeito como “Ano da restituição”, “Louvorzão Profético”, “Culto Profético”, “Unção de Abraão”, “Rosa Ungida”, “Água Ungida”, que tem o objetivo de conduzir o povo a uma alienação do que de fato é importante, de espiritualizar tanta coisa ao ponto de quaser flutuar num êxtase efêmero e temporário.

Por que não sermos mais criativos? Ninguém faz eventos como com títulos como o “Ano da humildade”, “Louvorzão da Misericórdia”, “Unção dos Puros de Coração”??? Há! Isso não dá audiência.

Não temos sido nada proféticos, não temos denunciado a injustiça, não temos libertados os oprimidos, não temos, buscado em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça. Temos buscado exclusivamente nosso bem estar.

Não temos nos preocupado com os conflitos familiares em nossa volta...
Não temos nos preocupado com os famintos, com os pobres de espírito...
Não temos nos preocupado em acolher os que o mundo tem desprezado...

Deixamos de ser subversivos, deixamos de ser aqueles que se contrapõe ao padrão moral do mundo, consideramos mundano aquilo que não tem o rótulo gospel, quando deveríamos considerar mundana nossa atitude de lavar nossas mãos diante da injustiça, e do fast-food gospel que tem se tornado a igreja.

"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar boas-novas aos pobres. Enviou-me para proclamar liberdade aos cativos, dar vista aos cegos, para libertar os oprimidos, e anunciar o ano aceitável do Senhor." Lucas 4:18-19

Independente do calendário, o ano aceitável do Senhor não acabou. Fomos escolhidos por Deus, afim de que as boas novas, para qual Ele foi ungido para anunciar, seja proclamada por todos aqueles que se chamam cristãos. 

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