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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Deus foi criado pelo senso de moralidade, diz pesquisador


O biólogo Frans Wall afirma que os chimpanzés e
bonobos têm empatia com indivíduos que sofrem

Características inatas do comportamento do homem resultaram no que hoje se chama de "moralidade", e esta criou Deus e a religião, diferentemente, portanto, da pregação dos religiosos de que os valores morais vêm de seres divinos, sobrenaturais. .

Essa conclusão é do biólogo americano Frans Waal (foto), um dos principais estudiosos do mundo de primatas.

Por duas décadas ele estudou o comportamento dos bonobos e chimpanzés, que são os primos mais próximos do homem no reino animal, e percebeu neles a existência de uma “semente do comportamento moral”, precedendo o surgimento do homem em milhões de anos.

No livro “O Bonobo e o ateu”, ele afirma que chimpanzés e bonobos e outros primatas mostram claramente que têm empatia com indivíduos que sofrem. Os primatas demonstram ter um senso de Justiça. Cuidam de indivíduos fragilizados e partilham a comida que têm.

Isso não significa — adverte o biólogo — que os primatas sejam animais morais, porque os chimpanzés, por exemplo, observa, às vezes podem ficar muitos violentos. 

"Os chimpanzés estão prontos para matar seus rivais. Eles às vezes matam seres humanos, ou mordem seu rosto. Então, é relutante chamar um chimpanzé de ser moral.”

De qualquer foram, diz Wall, existem nos primatas “blocos básicos de construção para uma moralidade”. “[Esse] blocos são mais velhos que a humanidade, e nós não precisamos de Deus para explicar aonde chegamos.”

No livro, ele relata alguns exemplos de empatia de primatas. Um desses casos ocorreu em um zoológico quando Lody, um bonobo, mordeu a mão acidentalmente de um veterinário que lhe estava dando pílulas de vitaminas.

Dias depois, o veterinário voltou ao zoológico e ergueu a mão esquerda enfaixada. Lody olhou para a mão e retirou-se para um canto, baixou a cabeça e passou os braços em torno de si, dando sinais de sofrimento e culpa. As mesma cena se repetiu 15 anos depois, quando o veterinário lá retornou.

Waal é professor na Universidade de Emory e diretor do Centro de Ligações de Vida no Centro de Primatas Yerkes, em Atlanta (EUA). 

Ele é ateu assumido e não acredita que um dia a humanidade se liberte das crenças. Para o biólogo, as religiões, com seus rituais, são necessárias para fortalecer os laços da comunidade.

Com informação do ABC News
fonte: Paulopes

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