Creio no Deus democrático

Esta foi a foto mais famosa do fotógrafo Guinaldo Nicolaevsky: Belo Horizonte, setembro de 1979. O general João Baptista Figueiredo – último presidente do regime militar – fazia uma viagem com cara de campanha. Tomou cafezinho em um bar no centro, fez discurso. Estava tudo indo conforme o planejado até que uma menina de apenas cinco anos surpreendeu o presidente-general. Ela rejeitou o cumprimento do general. (http://www.marrapa.com/tag/ditadura/)

Creio no Deus democrático,
que governa o Universo, não por força nem por violência,
mas pelo seu Espírito de justiça, bondade e misericórdia;

Creio no cristianismo que permanece fiel ao Cristo:
que rompe fronteiras, derruba barreiras e quebra preconceitos,
que ampara os aflitos, levanta os abatidos e liberta os oprimidos,
que ama os justos e salva os pequeninos;

Creio numa comunidade solidária,
que resiste na prática da democracia, que não comunga com a  ditadura  da maioria,
mas se identifica como espaço libertário no qual o direito das minorias são respeitados;

Creio no novo tempo,
no qual a tirania dará lugar à ternura,
o ódio abrirá caminho para a paz justa,
e o perdão será sagrado, como fruto da graça que não tem preço.

Sim, creio
na utopia da fé,
na força da esperança
e na eternidade do amor.

Amém.

Luiz Carlos Ramos, no seu site
(01.09.2013)