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segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pessoas sociáveis têm cérebros maiores

Partes do órgão funcionam melhor e de forma mais conectada em pessoas com muitos amigos
Amigos, uma medida do cérebro (foto: Divulgação)
Amigos, uma medida do cérebro (foto: Divulgação)
Publicado em O Globo
LONDRES – Um estudo da Universidade de Oxford mostrou que pedaços do cérebro são maiores e mais bem conectados em pessoas que têm muitos amigos. E quanto mais sociáveis elas são, maior o impulso cerebral.
Neste estudo os pesquisadores pediram que 18 homens e mulheres listassem com quantos amigos tinham se encontrado, falado por telefone ou e-mail no mês anterior. O número médio de amigos listados foi em torno de 20, mas alguns estavam em contato com mais de 40 pessoas. Outros só entraram em contato com dez amigos.
Exames mostraram que cerca de seis regiões do cérebro eram maiores nas pessoas mais sociáveis. Uma das regiões de sociabilidade apontada foi o córtex cingulado anterior, uma área que usamos para acompanhar o que outras pessoas estão fazendo. Já outras regiões do cérebro, que não são usadas na socialização, podem encolher.
Os exames mostraram que as conexões entre esta área e a outra que usamos para descobrir como os outros estão pensando e se sentindo são particularmente forte em tipos sociáveis​​.
- Nos seres humanos mais sociáveis​​, talvez estas vias de comunicação sejam mais como autoestradas do que como estradas de terra, o que faz com que o processamento de informações seja mais eficiente e melhor – diz a pesquisadora MaryAnn Noonan.
Como estudos anteriores com macacos já tinham produzido resultados semelhantes, os pesquisadores não acham que pessoas sociáveis ​​simplesmente nascem com os cérebros mais conectados à amizade. Em vez disso, eles acreditam que as pessoas com muitos amigos usam certas regiões do cérebro mais frequentemente , levando-as a crescer para acompanhar as demandas sociais.
- Eu diria que o cérebro está mudando em resposta a tamanho da rede social. Mas isso não quer dizer que não haja uma influência genética, de modo que se você venha de uma família sociável, seu cérebro está predisposto a isso – acredita Noonan

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