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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Devemos ir a funerais

imagem: google

Por mais doloroso que seja, acho importante irmos à funerais. Não que eu os ache atraente ou isso traga satisfação pessoal, mas, sim, devemos ir. Por mais funesto que isso pareça ser. Motivos não devem faltar para nos esquivarmos de tais eventos, entre familiares talvez seja mais difícil ainda evitarmos tal situação, mas inevitavelmente estaremos presentes em pelo menos um, ao longo de nossa existência.

A sabedoria de Salomão nos instiga a buscarmos frequentar mais funerais do que festas, eu costumo dizer que onde mais refletimos sobre a vida é no cemitério. Paradoxal! Porém é diante da morte alheia, da dor alheia que avaliamos o modus operandi de nossa vida, nossas prioridades, nossa forma de tratamento, o que temos de mais valioso, pelo que lutamos na vida...


É melhor ir a uma 
casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério!
Eclesiastes  7.2

Solidarizar-se com a dor dos que ficaram evidencia o princípio cristão de chorar com os que choram... É sentir a dor do outro, é ver nos olhos perdidos dos órfãos que prematuramente perderam seu pai como que na esperança que ele apenas dormiu, ou  a aparente fortaleza da viúva luta contra a angustia de ter que conviver com a solidão do espaço vazio deixado na cama, das lutas diárias pela sobrevivência, criação dos filhos e o serviço ao próximo, que é o efetivo servir a Deus.

Sim filhos, ele apenas dormiu, pois os que estão no Senhor não terminam sua existência, mas combatem o bom combate, terminam uma carreira e guardam a fé. 

Sim, estão como que dormindo, esperando o dia em que os que dormiram no Senhor ressuscitarão primeiro, depois nós os vivos, serem transformados para nos encontrarmos todos com o Senhor nos ares.

Nossa existência não é perene. Fisicamente temos um fim. Deixaremos um dia a convivência dos mais chegados, e o tempo passado, as oportunidades perdidas, filhos, cônjunges, os amores vividos, os desamores, nossa história... O que temos feito com tudo isso? 

"Leve isso a sério!" Diz o pregador de Eclesiastes, ou seja, isso não é brincadeira. Somos como uma neblina que hoje existe e daqui a um pouco não existe mais.

Não deixe para dizer "Eu amo você" diante do ataúde, não enalteça a pessoa, seus feitos, seu caráter, seus valores apenas quando ela não mais puder ouvir, faça isso sempre que puder. Não sou contra homenagens póstumas, mas acredito que precisamos reconhecer os feitos em vida, assim como se concedêssemos Prêmios Nóbeis às pessoas que amamos e consideramos.

Não temos, absolutamente, nenhuma certeza do que dirão quando partirmos. Mas façamos o melhor que pudermos para que não passemos pela vida apenas esbarrando uns nos outros, porém deixando marcas afetuosas de amor, compreensão e serviço.




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