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Por Juliana Veloso via Facebook
Hoje estava pensando em como o tempo é “impiedoso”, ele não te espera, não volta, segue sempre seu caminho, não importa o que aconteça. Estava pensando que daqui a pouco é Natal novamente. E aí parei pra refletir em como os meus períodos natalinos tem sido. É sempre a mesma coisa. Ceia, presentes, roupa nova, parentes...Me ocorreu que eu nunca vivo o ADVENTO corretamente. Bom, pelo menos, não com a profundidade que merecia.
Quando um bebê está para chegar numa família é o período do Advento. Preparamos a casa, o quarto, o enxoval do bebê, parentes e amigos costumam presentear esta criança, a mãe passa a se cuidar melhor, se alimentar melhor, jejua em muitas coisas (bebida alcoólica, cigarro, refrigerante, frituras...)...o clima e o comportamento da família muda! Quando a criança enfim chega, aquela família cuidará dela pelo resto de suas vidas. Sempre de encontro as suas necessidades. Sempre dispondo pra ela um amor despretensioso. Sem exigir nada em troca.
Pois bem, NATAL não quer dizer nascimento? Quem vai nascer? Como podemos nos preparar para a chegada desta criança? Em geral, preparamos a casa com enfeites, decoração nova, muitas vezes até móveis e objetos novos, vamos às compras e esbanjamos em alimentos que estarão na nossa mesa na ceia, nos vestimos e nos calçamos com coisas novas, muitas pessoas até cuidam mais de sua saúde física para estar mais belo neste período, levamos nossas crianças a lugares repletos de decoração natalina para que se “encantem”, vejam o Papai Noel...mas, e o menino? Onde ele nasce? Quando ele nasce?
Na Noite de Natal a maioria das pessoas sequer fala seu nome ou lembra o motivo pelo qual está festejando. Mas o recém-nascido chegou! Envolto em extrema pobreza, sem ser acolhido em lugar algum. Sem ceia nem presentes...E onde ele está, todos sabemos: "Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e me visitastes; preso, e fostes ver-me...” Ou seja, o recém-chegado está nas ruas sobrevivendo e para isso está vendendo seu corpo, está também nas prisões sendo tratado como o pior dos animais, está nos hospitais sofrendo, está mendigando! A esse menino não temos coragem de dar presentes, não dividimos nossa ceia com ele, não o vestimos adequadamente. E quando o fazemos, o esquecemos ao longo do ano inteiro, o abandonamos.
Depois de toda essa reflexão, pude perceber que podemos fazer algo, podemos ter um Natal diferente! Por que não juntos, fazermos quentinhas ou cestas natalinas e presentearmos alguns desses Jesus nas ruas? Quem compra essa ideia? Estou me referindo a todos: católicos, evangélicos, budistas, espíritas, humanistas, os sem-rótulo...todos!
Isso não é tarefa para se vangloriar, mas para tratarmos nosso menino como ele merece!