Marília César, no Pavablog
Acordei
Com um grito de guerra no peito
Um clamor antigo
Contra o abuso,
Inimigo de infância.
Com um grito de guerra no peito
Um clamor antigo
Contra o abuso,
Inimigo de infância.
Toda forma de abuso
Deve ser desmacarada
Deve ser denunciada
Deve ser exterminada
Toda forma de dominação disfarçada de zelo
Toda armadilha mental diabólica, que prende em vez de libertar
Todo silêncio que inferioriza
A falta de resposta que no fundo é menosprezo
Porque toda pergunta tem direito a uma resposta
Deve ser desmacarada
Deve ser denunciada
Deve ser exterminada
Toda forma de dominação disfarçada de zelo
Toda armadilha mental diabólica, que prende em vez de libertar
Todo silêncio que inferioriza
A falta de resposta que no fundo é menosprezo
Porque toda pergunta tem direito a uma resposta
Contra o abuso de um ser humano contra outro ser humano
Não deve restar
Pedra sobre pedra.
Tudo tem que cair.
E é hoje.
Não deve restar
Pedra sobre pedra.
Tudo tem que cair.
E é hoje.
A mulher que escraviza o marido pela culpa.
O marido que a enreda pela violência – e ela, coitada, ainda acha que violência é amor disfarçado.
O filho que desconta no pai a própria incapacidade de lidar com o fracasso.
O pai que desconta no filho o ódio que sente da mulher.
O casal que destrói a auto-estima do filho ao fazê-lo suportar um relacionamento marcado pelo desamor – e o coitado ainda tem que enfrentar a culpa ao ouvir que eles estão juntos por causa dele.
O marido que a enreda pela violência – e ela, coitada, ainda acha que violência é amor disfarçado.
O filho que desconta no pai a própria incapacidade de lidar com o fracasso.
O pai que desconta no filho o ódio que sente da mulher.
O casal que destrói a auto-estima do filho ao fazê-lo suportar um relacionamento marcado pelo desamor – e o coitado ainda tem que enfrentar a culpa ao ouvir que eles estão juntos por causa dele.
Toda forma de abuso deve ser desmascarada.
Por esta causa nesta manhã eu elevei os decibéis.
Eu gritei, no meu quarto, a portas fechadas, como manda a Escritura.
Eu chorei pela miséria da minha própria história e pela miséria daqueles que me cercam.
Eu derramei diante de Deus toda a minha ira.
Eu ofereci a Deus uma oração aflita e descompensada. Como Ana, desfaleci de tanta tristeza. Como Davi, soei desequilibrada e louca.
Por esta causa nesta manhã eu elevei os decibéis.
Eu gritei, no meu quarto, a portas fechadas, como manda a Escritura.
Eu chorei pela miséria da minha própria história e pela miséria daqueles que me cercam.
Eu derramei diante de Deus toda a minha ira.
Eu ofereci a Deus uma oração aflita e descompensada. Como Ana, desfaleci de tanta tristeza. Como Davi, soei desequilibrada e louca.
Ele, na verdade, bateu palmas para mim e falou baixinho: yes!
Ela acordou! É minha filha, tem o meu caráter!
Ela também se indigna contra o abuso de um ser humano contra outro ser humano!
Eu me deleito nela nesta manhã.
Filhinha amada, me junto a você nesta manhã
E também levanto
um grito de guerra.
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