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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Papa propõe que conventos sirvam de abrigo para refugiados

Algumas das construções foram transformadas em hotéis que geram recursos e críticas para a Igreja. Imigrantes não devem ser temidos, afirma Francisco
Papa Francisco fala aos refugiados no Centro Astalli AP / L'Osservatore Romano
Papa Francisco fala aos refugiados no Centro Astalli AP / L’Osservatore Romano
Publicado por Reuters [via O Globo]

ROMA – Construções da Igreja que não estão sendo utilizadas devem servir de abrigo para refugiados, “que devem ser abraçados e não temidos”, disse o Papa Francisco a pessoas que buscavam asilo, na tarde desta terça-feira, em Roma. A atitude reforçou a ênfase do atual papado nos pobres e no sofrimento dos imigrantes. A queda no número de seminaristas e noviças esvaziou conventos e monastérios, que acabaram sendo transformados em hotéis que garantiram renda extra para a Igreja, mas também atraíram críticas.

- Conventos e monastérios vazios não devem ser convertidos em hotéis pela Igreja para ganhar dinheiro. (As construções) não são nossas, elas são para a carne de Cristo, que é o que os refugiados são – explicou o Pontífice durante uma audiência fechada no Centro Jesuíta Astalli, em Roma.

Francisco encontrou vários imigrantes que procuram asilo na Itália, incluindo alguns da Síria, depois de fazer um apelo pela paz no país árabe no final de semana. Ele também afirmou que cuidar dos pobres não deve ser um trabalho apenas para os “especialistas”, mas sim uma atividade que engaje todos os membros da Igreja, e seja parte da formação dos padres.

- A palavra solidariedade assusta as pessoas no mundo desenvolvido – pontuou o Papa.

Desde que expressou seu desejo por uma “Igreja pobre e para os pobres” pouco depois de sua eleição, em março, o papado de Francisco tem sido marcado pelo seu estilo humilde e pela importância dada aos destituídos.


Em julho, ele visitou a ilha italiana de Lampedusa, onde chegam, anualmente, dezenas de milhares de imigrantes ilegais. Lá, condenou a indiferença aos muitos que morrem tentando atravessar o Mediterrâneo em busca de uma vida melhor.

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