Abrahams afirmou que ninguém mais leva a sério essa tradição |
Abrahmas, que se criou na fé judaica e se tornou ateu, disse que, além disso, a extinção do juramento seria mais justo para quem não tem religião ou para os fiéis que não sejam cristãos.
A proposta do juiz será debatida pela Associação dos Magistrados e, se aprovada, será submetida ao Ministério da Justiça ainda este ano.
O que Abrahams propõe é que o juramento seja nestes termos: ““Prometo sinceramente dizer a verdade, toda a verdade e nada mais que a verdade. Entendo que se eu não fizer isso estarei cometendo um delito pelo qual posso ser punido e enviado para a prisão”.
O juiz afirmou que a reivindicação visa apenas abolir uma referência religiosa na Justiça e que não se trata de um movimento antirreligioso.
Para o bispo anglicano Michael Nazir-Ali, contudo, trata-se de mais uma iniciativa para expulsar Deus da Sociedade. “Onde isso vai acabar?”, indignou-se. “A Bíblia está ligada à Constituição, às instituições e à história deste país. Estamos sendo obrigados, em nome da tolerância e da secularização, abrir mão disso”.
O atual juramento, o “religioso”, consiste na afirmação “Juro por Deus Todo-Poderoso que irei dizer a verdade, toda a verdade e nada além da verdade”. Quem não for cristão poderá fazer o juramento sobre o livro sagrado de sua religião. Alguns juízes já não fazem questão da referência ao “Todo-Poderoso” e a presença da Bíblia.
O juiz aposentado e representante do primeiro-ministro em Salisbury, John Glen, disse que o movimento de Abrahmas “cheira a outra ideia louca em nome do politicamente correto”.
fonte: Paulopes
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