Irenio Silveira, no Filosofia e Espirituailidade
Não é de hoje que se fala da necessidade de uma abordagem mais humanizadora quando o assunto é espiritualidade. Aliás, o Humanismo, desde o Renascimento, já clamava por isso. Entretanto, quando se fala de espiritualidade, não se deve confundir com formatos religiosos.
Leonardo Boff defende a ideia de que, no que diz respeito à espiritualidade, devemos nos concentrar na fonte, que é Deus, e não nos rios, que são as religiões. É isso que faz a diferença entre religiosidade e religião. Embora a religião seja um fenômeno cultural que faz parte de nossa condição humana, transformar a religiosidade em uma gaiola ou camisa de força para a experiência de Deus é, no mínimo, reduzir a sua relevância.
Dalai Lama afirmou que a melhor religião é a que te faz melhor. Isso não é o mesmo dizer que a melhor religião é aquela que te faz bem. Para que você seja uma pessoa melhor, ainda há muitos ajustes a serem feitos. E isso passa pelo desenvolvimento de uma espiritualidade humanizadora e libertadora.
Percebo que ao longo do tempo o cristianismo desenvolveu três tipos de espiritualidade significativos, que marcaram época e movimentos. Muitos desses movimentos repercutem entre nós através dos vários segmentos cristãos e das várias teologias que produziram.
O primeiro tipo é o que chamarei de espiritualidade de dominação. O princípio se baseava na ascese, na prática de exercícios espirituais de orações, meditações e de abstinências. O foco era transformar o indivíduo em um sujeito obediente, capaz de dizer a verdade sobre seus conflitos interiores. O resultado foi o formalismo religioso, o ritualismo e a vida reclusa.
O segundo tipo é o que chamarei de espiritualidade de introspecção. O princípio se baseava na capacidade crítica da pessoa, na autonomia do sujeito de pensar por si mesmo. O foco era de levar o sujeito à descoberta de uma verdade universal, revelada sob a forma de um texto. O resultado foi o fundamentalismo religioso, a interpretação literal das Escrituras, a fuga de um mundo mal e cada vez mais ameaçador.
O terceiro tipo é o que chamarei de espiritualidade de humanização. O princípio se baseia na alteridade, na relação com o outro. O foco é de fazer com que o indivíduo seja reflexo do amor de Deus por criaturas imperfeitas e marcadas pelo conflito, que viva a sua espiritualidade em meio às situações concretas vividas por pessoas no mundo. O resultado é o sentido de realização pessoal e de descoberta do valor da vida em comunhão.
Estou a procura do terceiro tipo. Parece-me que os resultados justificam. Pelo menos é o que parece ser mais libertador.
Leonardo Boff defende a ideia de que, no que diz respeito à espiritualidade, devemos nos concentrar na fonte, que é Deus, e não nos rios, que são as religiões. É isso que faz a diferença entre religiosidade e religião. Embora a religião seja um fenômeno cultural que faz parte de nossa condição humana, transformar a religiosidade em uma gaiola ou camisa de força para a experiência de Deus é, no mínimo, reduzir a sua relevância.
Dalai Lama afirmou que a melhor religião é a que te faz melhor. Isso não é o mesmo dizer que a melhor religião é aquela que te faz bem. Para que você seja uma pessoa melhor, ainda há muitos ajustes a serem feitos. E isso passa pelo desenvolvimento de uma espiritualidade humanizadora e libertadora.
Percebo que ao longo do tempo o cristianismo desenvolveu três tipos de espiritualidade significativos, que marcaram época e movimentos. Muitos desses movimentos repercutem entre nós através dos vários segmentos cristãos e das várias teologias que produziram.
O primeiro tipo é o que chamarei de espiritualidade de dominação. O princípio se baseava na ascese, na prática de exercícios espirituais de orações, meditações e de abstinências. O foco era transformar o indivíduo em um sujeito obediente, capaz de dizer a verdade sobre seus conflitos interiores. O resultado foi o formalismo religioso, o ritualismo e a vida reclusa.
O segundo tipo é o que chamarei de espiritualidade de introspecção. O princípio se baseava na capacidade crítica da pessoa, na autonomia do sujeito de pensar por si mesmo. O foco era de levar o sujeito à descoberta de uma verdade universal, revelada sob a forma de um texto. O resultado foi o fundamentalismo religioso, a interpretação literal das Escrituras, a fuga de um mundo mal e cada vez mais ameaçador.
O terceiro tipo é o que chamarei de espiritualidade de humanização. O princípio se baseia na alteridade, na relação com o outro. O foco é de fazer com que o indivíduo seja reflexo do amor de Deus por criaturas imperfeitas e marcadas pelo conflito, que viva a sua espiritualidade em meio às situações concretas vividas por pessoas no mundo. O resultado é o sentido de realização pessoal e de descoberta do valor da vida em comunhão.
Estou a procura do terceiro tipo. Parece-me que os resultados justificam. Pelo menos é o que parece ser mais libertador.
Nenhum comentário:
Postar um comentário