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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Juiz quebra sigilo bancário e fiscal de pastor das BMWs

Casal Maria Lúcia e Paulo Sérgio abraça o presidente da Assembleia de Deus,
Lucas Martins

Allan de Abreu, no Diário Web [via Pavablog]
Justiça determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do pastor Paulo Sérgio Dutra de Moraes, ex-presidente da Assembleia de Deus em Catanduva, e de outros cinco membros da igreja, incluindo a mulher dele, Maria Lúcia Machado de Moraes, e o atual presidente, Lucas Martins.
O grupo é investigado em inquérito do 2º Distrito Policial do município pelos crimes de apropriação indébita, sonegação fiscal, estelionato e enriquecimento ilícito. O delegado que comanda o inquérito, Pedro Luís de Senzi Carvalho, havia pedido a quebra dos sigilos em novembro, mas o juiz Alceu Corrêa Júnior determinou que o delegado especificasse o período em que desejava analisar as movimentações financeiras dos investigados.
No caso de Paulo Sérgio e da mulher, o período será de 15 anos, desde que ele assumiu a igreja no lugar do pai, morto em 1999. Na época, segundo pastores da Assembleia, ele tinha um veículo Fiat 147 e morava no Gabriel Hernanes, periferia da cidade. Desde então, o pastor se tornou colecionador de BMWs – do ano passado até agora, teve cinco, todas de luxo, quatro delas zero quilômetro. É dono ainda de dois imóveis em bairros nobres de Catanduva, incluindo uma mansão que ocupa cinco terrenos, avaliada em R$ 1,5 milhão.
A suspeita é de que o patrimônio milionário tenha origem em desvios do dízimo da Assembleia, a maior igreja evangélica da cidade, com 6 mil fiéis espalhados em 38 templos, e arrecadação mensal estimada em R$ 300 mil mensais. Além disso, três cheques entregues como dízimo à igreja de 2012 para cá foram depositados diretamente nas contas de dois pastores, entre eles o atual presidente Lucas, sem passar pela conta bancária da entidade.
Outros seis cheques foram depositados em lojas de eletrodomésticos, pneus e um supermercado da cidade, conforme o Diário revelou com exclusividade em novembro. Procurados, os advogados do casal, Jean Carlo Abreu de Oliveira, e de Lucas, Gustavo Pedroni Carminati, disseram ontem que não tiveram acesso à decisão do juiz, e por isso não poderiam comentar o assunto.
Paulo Sérgio (na foto) sai da sua mansão de BMW
Pobreza
Em agosto deste ano, Paulo Sérgio renunciou à presidência da Assembleia, e sua mulher assumiu o posto. No mês seguinte, Maria Lúcia deu lugar a Lucas, então segundo tesoureiro da igreja e homem de confiança de Paulo Sérgio.
No entanto, Lucas e Paulo Sérgio entraram em conflito, e no fim de novembro o ex-presidente ingressou com ação cautelar na 2ª Vara Cível de Catanduva para que a Justiça proibisse o cartório de registro civil da comarca de registrar atas, estatutos e convenções que envolvam a Assembleia.
Ironicamente, o pastor da mansão e das BMWs requereu Justiça gratuita, alegando que não teria condições de arcar com as custas do processo. No entanto, o pedido foi negado pelo juiz. “Os documentos (recibo de entrega de Declaração de Imposto de Renda) apresentados pelo autor indicam que, em tese, ele tem condições de custear o feito.”
O mesmo juiz, não identificado no site do Tribunal de Justiça, negou liminar anteontem para que o cartório local deixasse de registrar documentos novos em nome da igreja. O julgamento do mérito do pedido de Paulo Sérgio não tem data para ocorrer.
bens

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