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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Um pesadelo herético

imagem: google


Ricardo Gondim, no seu site
Dormi com febre e delirei durante o sono. Na verdade, tive um pesadelo, que se deu em um “culto de empresários”. Eu primeiro estava calado; só ouvia testemunhos de vitória financeira, de ex-falidos que enriqueceram, o cancelamento de dívidas. Subitamente, apareceu na minha frente, um livro enorme, de letras também grandes e reluzentes.
Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos (1Timóteo 6.9-10).
Depois, na mesma reunião, alguém ficava em pé e começava a pregar: “Pare de sofrer, venha para Cristo e todos os seu tormentos vão acabar”. Soprou um vento veemente, impetuoso, a página do grande livro virou e li:
Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará (Mateus 16.24.25). No mundo tereis aflições… (João 16.33). 
A febre aumentou. Agora uma pessoa parecida comigo se revezou com o pregador. Ele falava alto; de fato, gritava: “Aprenda a reivindicar os seus direitos com Deus, afinal de contas você é filho do rei e precisa aprender a buscar o que é seu”. A folha do livro virou novamente:
Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus (Atos 20.24).
Comecei a tremer, meu corpo se arrepiou com ondas de frio; vertigens, imagens confusas, se alternaram diante dos meus olhos. Eu, porém, insistia em pregar para o mesmo auditório: “Vou ensinar-lhes a alcançar todas as bênçãos que os filhos de Deus merecem”. O livro pareceu pegar fogo, labaredas queimavam sem consumir as páginas que, vermelhas, passavam velozmente:
E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça (Romanos 11.6).
Nesse frenesi alucinado, minhas forças desapareceram enquanto uma voz procurou incentivar-me: “Você pode, você pode. Conscientize-se de sua fortaleza, nunca admita a idéia de ser fraco”. O livro rodopiou no céu e veio em direção a mim enquanto um dedo, sem mão, apontou para dois textos grafados a fogo:

Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. Por isso, por amor de Cristo, regozijo-me nas fraquezas, nos insultos, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias. Pois, quando sou fraco é que sou forte (2Coríntios 12.9-10).

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! (Filipenses 2.5-8).
Acordei assustado. Foi um pesadelo terrível. Escrevi o que havia se passado comigo e voltei a dormir.
Hoje amanheci sem febre e curado de devaneios tão medonhos.
Soli Deo Gloria

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