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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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sexta-feira, 5 de abril de 2013

A pergunta mais importante não é "por quê" nem "pra quê"



Por Hermes C. Fernandes, no Cristianismo Subversivo

Já há algum tempo tenho aprendido que antes de buscar respostas, devemos reconsiderar as perguntas. Geralmente, perguntamos "por quê". Por que fomos traídos? Por que estamos doentes? Por que nos mandaram embora do trabalho? Por que... Por que... Por que...

Tenho ensinado que em vez de "por quê", deveríamos perguntar "pra quê". Em outras palavras, deveríamos nos preocupar mais com os propósitos do que com as razões. Mas ultimamente tenho refletido sobre outra pergunta igualmente importante. Em vez de "por quê", deveríamos perguntar "por quem".

Deixe-me exemplificar:

Jesus teve que mudar seu trajeto à caminho de Jerusalém. Em vez de um atalho, tomou o caminho mais largo, que passava por Samaria, um lugar inóspito para judeus. Talvez os discípulos perguntassem: Por quê? Mas a pergunta certa era "por quem". E a resposta é: por uma samaritana a qual Jesus queria encontrar.

Filipe, conquanto gozasse do maior sucesso ministerial obtido por um dos seguidores de Jesus até então, foi tirado pelo Espírito de Samaria, e levado para o deserto. Por quê? Não. Por quem? Por um eunuco desejoso de conhecer a Palavra.

Paulo e Silas foram presos e açoitados injustamente em Filipos. O que eles fizeram pra merecer aquilo? Nada. Mas eles estavam ali por alguém. Um carcereiro frustrado e suicida. Aquele carcereiro era o tal "varão macedônio" com o qual Paulo havia sonhado dias antes, rogando para ele passasse à Macedônia.

Se Deus lhe enviou a um lugar, pergunte-O por quem você está ali. Seja atrás das grades de uma prisão, no CTI de um Hospital, numa fila de desempregados. Talvez haja ali uma vida preciosa aos olhos de Deus, com a qual deseja que você se encontre.

Depois de três anos, eu e minha família retornamos aos Estados Unidos. Muitos perguntam a razão pela qual eu me dispus a expor minha família, num momento em que esse país atravessa sua maior crise econômica. Sei, porém, que o que me trouxe aqui não foi nenhum desejo de aventurar-me, ou de fugir de qualquer que seja o problema. Estou aqui por alguém. Por um povo que aprendi a amar. Por gente sedenta e faminta da Palavra.

Todos os propósitos de Deus vão de encontro àqueles que Ele mesmo escolheu desde a fundação do mundo. E para que tais sejam alcançados, vale a pena atravessar oceanos, vales e montanhas, arriscar tudo, inclusive a própria vida.

Pessoas são mais importantes do que paredes, projetos, programas, estratégias, etc. Foi por elas que Jesus deu a vida. E é por elas que devemos viver.

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