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quarta-feira, 6 de março de 2013

Pastor Marco Feliciano se compara a Martin Luther King


Pastor Marco Feliciano pode ser indicado presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Foto: Terceiro / Divulgação
Pastor Marco Feliciano pode ser indicado presidente da
Comissão de Direitos Humanos da Câmara Terceiro / Divulgação
Evandro Éboli, no O Globo

Depois de quase três horas de reunião, o Partido Social Cristão (PSC), sem consenso, indicou o pastor Marco Feliciano (SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos. O anúncio foi feito pelo líder da legenda, André Moura (SE), que afirmou ter sido uma decisão de consenso, ainda que alguns deputados emitiram voto em outros nomes, mas foram vencidos. Em entrevista coletiva, Feliciano citou pastor protestante e ativista político americano Martin Luther King como um exemplo igual ao seu.

- Disseram ser da Idade da Pedra ou dos tempos de caça às bruxas a escolha de um pastor para presidir a Comissão de Direitos Humanos. Lembro que o maior defensor dos direitos humanos de todos os tempos foi um pastor: Martin Luther King. Não me comparo a ele, mas era também um cristão - disse Marco Feliciano.

O deputado disse que não é e nunca foi racista e nem homofóbico, mas não negou as frases sobre negros que inseriu em seu Twitter na internet.

- Não neguei o que escrevi e não nego agora. Foi só um post...A maioria das informações sobre mim não são reais.

Feliciano voltou a afirmar que a Comissão de Direitos Humanos é monotemática e que dá espaço excessivo para apenas um movimento. Ele evitou de citar, mas se referia aos temas relacionados a gays, lésbicas, transsexuais e outros setores desse movimento.

- Mesmo meu partido sendo conservador e de direita, ninguém será tolido na comissão.

O deputado voltou a afirmar ser contra a união civil do mesmo sexo.

- Casamento civil é entre um homem e uma mulher. E ponto final. É o que diz nossa Constituição. Fora disso, nada existe. Defendo o plebiscito e vou ver em que pé está meu projeto, que estava parado na comissão.

Ele afirmou também que a sociedade conhecerá, "de fato", quem é Marco Feliciano.

- Vou dignificar a Nação. Sou muito querido dentro do Parlamento. Tive 210 mil votos.
O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), na semana passada, disse que pode não integrar a comissão se confirmada a indicação de Feliciano, que respondeu.

- Gostaria de tê-lo na comissão. Mas se ele fugir da raia vai ficar feio para ele - disse.

Chico Alencar (PSOL-RJ), também integrante da comissão, criticou a indicação de Feliciano.

- Essa indicação vai inviabilizar a comissão que é dos direitos humanos. Será a comissão dos valores religiosos, do fundamentalismo e da higienização da raça. Foi uma insensatez do PSC - disse Chico Alencar.




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