Documento do veículo foi registrado após início de investigação em MT.
Consulta do MP no dia 1° de fevereiro apontou que carro estava alienado.
Antes de ser registrado em nome de Pelé, o vídeo vem sendo veiculado na internet pelo menos desde janeiro deste ano, com imagens dele dirigindo a Ferrari e contando que a comprou após um evento da empresa no Rio Grande do Sul, com dinheiro da Telex Free.
O veículo de luxo tem sido usado para ilustrar o "case de sucesso" protagonizado por Inocêncio, que teria passado de vendedor ambulante para a condição de milionário após ingressar na rede da empresa, investigada em pelo menos cinco estados por supostamente engendrar um esquema de pirâmide financeira.
O G1 entrou em contato com Pelé Reis por meio de um número de telefone celular fornecido por um dos divulgadores da Telex Free durante evento da empresa em Mato Grosso. No entanto, o interlocutor negou ser Inocêncio, embora tenha atendido ao ser chamado pelo nome em umas das ligações telefônicas; também desconversou e negou possuir qualquer carro de luxo. A reportagem também tentou manter contato com ele por meio das redes sociais, mas não obteve retorno.
A consulta ao site do Detran do Espírito Santo pode ser realizada com a inserção do número de Renavam e das placas do referido carro de luxo, apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso na última quinta-feira (14) como veículo em alienação fiduciária (financiamento) pelo Banco do Brasil realizada por Anderson de Azevedo Salomão, natural de Passo Fundo (RS) e que atualmente goza de liberdade provisória em pena pelo crime de estelionato.
Após o apontamento do fato feito na imprensa pela promotoria de Justiça do município de Lucas do Rio Verde (localizado a 360 km de Cuiabá), divulgadores se manifestaram afirmando que o MPE se equivocou, pois documentos publicados nas redes sociais por meio de uma conta individual com o nome de "Pelé Reis" traziam justamente o registro da Ferrari em seu nome.
Os documentos seriam o certificado de registro de veículo e o certificado de registro e licenciamento de veículo, ambos expedidos pelo Detran do Espírito Santo, em Vila Velha, na data de 13 de março de 2013, mesma data que a promotora Fernanda Pawelec concedeu entrevista ao G1 e repassou informações sobre o documento do carro, as quais haviam sido obtidas em fevereiro (de acordo com trecho do inquérito, as últimas informações disponíveis a respeito do carro eram da data de 1º daquele mês).
A reportagem acerca do caso foi publicada no dia 14 deste mês. A aquisição do veículo, segundo apurou o MPE, ocorreu no dia 11 de dezembro do ano passado. No dia 19 de fevereiro, a situação do veículo em alienação fiduciária ainda era válida e foi registrada em certidão da assistência ministerial da promotora de Lucas do Rio Verde.
No dia 20, houve comunicação do MPE com o Banco do Brasil a respeito do caso. Ao longo do inquérito, também houve requisição de informações por parte do MPE à própria Telex Free, a qual ainda não foi respondida, informou a promotora. Depois disso, com investigações em curso e de conhecimento dos próprios líderes da Telex Free, ocorreu a transferência de propriedade do veículo.
"É simples: quem tem que explicar não sou eu. A gente falou de um fato que simplesmente foi constatado. Se o carro é dele desde dezembro, por que só transferiu em março? É muito suspeito isso. Ele está se declarando culpado, no mínimo, por uma infração de trânsito, porque o prazo legal de transferência de um carro é de 30 dias. Para mim, parece bem suspeito, ainda mais contando que ele responde por estelionato", declarou Pawelec neste sábado (16) a respeito das insinuações de equívoco por parte do MPE presentes nas redes sociais desde quinta-feira. De qualquer maneira, a Telex Free segue sob investigação do MPE em Mato Grosso.
O advogado da Telex Free, Horst Fuchs, já defendeu perante a imprensa o sistema de bônus da empresa como uma gratificação por desempenho do divulgador, afastando a suspeita de que opere como esquema de pirâmide.
“Nós temos hoje uma forma de bonificação, uma forma de remuneração aos divulgadores da Telex Free que premia o desempenho, assim como qualquer vendedor, por exemplo, é premiado de acordo com o que ele vende”, argumenta
.
A consulta ao site do Detran do Espírito Santo pode ser realizada com a inserção do número de Renavam e das placas do referido carro de luxo, apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) de Mato Grosso na última quinta-feira (14) como veículo em alienação fiduciária (financiamento) pelo Banco do Brasil realizada por Anderson de Azevedo Salomão, natural de Passo Fundo (RS) e que atualmente goza de liberdade provisória em pena pelo crime de estelionato.
Após o apontamento do fato feito na imprensa pela promotoria de Justiça do município de Lucas do Rio Verde (localizado a 360 km de Cuiabá), divulgadores se manifestaram afirmando que o MPE se equivocou, pois documentos publicados nas redes sociais por meio de uma conta individual com o nome de "Pelé Reis" traziam justamente o registro da Ferrari em seu nome.
Os documentos seriam o certificado de registro de veículo e o certificado de registro e licenciamento de veículo, ambos expedidos pelo Detran do Espírito Santo, em Vila Velha, na data de 13 de março de 2013, mesma data que a promotora Fernanda Pawelec concedeu entrevista ao G1 e repassou informações sobre o documento do carro, as quais haviam sido obtidas em fevereiro (de acordo com trecho do inquérito, as últimas informações disponíveis a respeito do carro eram da data de 1º daquele mês).
A reportagem acerca do caso foi publicada no dia 14 deste mês. A aquisição do veículo, segundo apurou o MPE, ocorreu no dia 11 de dezembro do ano passado. No dia 19 de fevereiro, a situação do veículo em alienação fiduciária ainda era válida e foi registrada em certidão da assistência ministerial da promotora de Lucas do Rio Verde.
No dia 20, houve comunicação do MPE com o Banco do Brasil a respeito do caso. Ao longo do inquérito, também houve requisição de informações por parte do MPE à própria Telex Free, a qual ainda não foi respondida, informou a promotora. Depois disso, com investigações em curso e de conhecimento dos próprios líderes da Telex Free, ocorreu a transferência de propriedade do veículo.
"É simples: quem tem que explicar não sou eu. A gente falou de um fato que simplesmente foi constatado. Se o carro é dele desde dezembro, por que só transferiu em março? É muito suspeito isso. Ele está se declarando culpado, no mínimo, por uma infração de trânsito, porque o prazo legal de transferência de um carro é de 30 dias. Para mim, parece bem suspeito, ainda mais contando que ele responde por estelionato", declarou Pawelec neste sábado (16) a respeito das insinuações de equívoco por parte do MPE presentes nas redes sociais desde quinta-feira. De qualquer maneira, a Telex Free segue sob investigação do MPE em Mato Grosso.
O advogado da Telex Free, Horst Fuchs, já defendeu perante a imprensa o sistema de bônus da empresa como uma gratificação por desempenho do divulgador, afastando a suspeita de que opere como esquema de pirâmide.
“Nós temos hoje uma forma de bonificação, uma forma de remuneração aos divulgadores da Telex Free que premia o desempenho, assim como qualquer vendedor, por exemplo, é premiado de acordo com o que ele vende”, argumenta
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