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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história." Bill Gates

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segunda-feira, 18 de março de 2013

"Por que foi que cegamos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão"

imagem: google
por Rodrigo Cavalcanti 
“Por que foi que cegamos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegamos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem” [Ensaio sobre a cegueira]

Por estes dias tenho pensado sobre as atitudes humanas que nos tornam desprezíveis, não é nova a percepção egoísta que todos têm dos homens. Esta percepção acentua-se mais ou menos de cultura para cultura, nas sociedades onde houve grandes guerras ou catástrofes o senso de coletividade normalmente é maior em detrimento ao egoísmo e individualismo. A Europa, o Japão e o próprio Estados Unidos são exemplos de povos que lutaram por sua liberdade, independência e desenvolvimento ao londo dos séculos.

Já no Brasil, surgimos como estado por uma farsa. Um invasão de maus elementos que incorporavam este espírito egoísta, usurpador e que procuravam tirar vantagens de onde pudessem, se é explorar, que o façamos! Índios, negros, nativos, pobres, todos foram explorados e incutido em suas mentes que em nome da coroa isso se fazia necessário.

Em nome de que ou de quem esta prática exploratória tem persistido?

Saramago, em seu livro, Ensaio sobre a cegueira retrata com primazia a podridão dos instintos humanos. Onde através de uma epidemia de cegueira elementos como poder, obediência, ganância, carinho, desejo, vergonha; dominadores, dominados, subjugadores e subjugados são expostos de forma angustiante. Ele mesmo diz sobre o livro:
"Este é um livro francamente terrível com o qual eu quero que o leitor sofra tanto como eu sofri ao escrevê-lo. Nele se descreve uma longa tortura. É um livro brutal e violento e é simultaneamente uma das experiências mais dolorosas da minha vida."

Hoje, vejo cristãos cegos. Há muitos outros também, que vendo não veem, assim também são cegos independente do credo. Mas falo dos cristãos, pois sobre nós não deveria haver cegueira, as lentes das Boas Novas nos traz luz e uma nova lente sobre as coisas desta vida. Todavia, cristãos que nome de uma aparente e fútil prosperidade tem contorcido a verdade do Evangelho. Cristãos intolerantes à opiniões alheias, à pessoas de credos diferentes, passivos diante da opressão e injustiça social e principalmente envolvidos em negócios duvidosos. São cegos guiando outros cegos. Minha oração é que Deus lhes abram os olhos e façam enxergar a podridão onde estão inseridos.

Mas tudo bem, se sou "próspero" é sinal que Deus tem me abençoado e isso faz com que contribua com sua obra.

Cegos! Sim, cegos!

Diz o Senhor: "obediência quero e não sacrifício" [Oséas 6.6]. Deus não está interessado em sua aparente prosperidade, pois a verdadeira janela dos céus que devem se abrir, e abre-se para o Reino de Deus, e não para o nosso Reino. Fazem de sua prosperidade elemento de exploração do próximo, digo sem medo: Deus não está nisso.

Refaço a pergunta: "Onde foi que cegamos?"

Não há um justo, um justo se quer, diz Paulo aos Romanos. Cegamos quando nos tornamos nossos próprios
deuses, quando a riqueza passa a ser o maior alvo no lugar de termos uma vida que glorifica a Deus. Somos todos pecadores, mas o mesmo Paulo que nos coloca, todos nós, no mesmo balaio nos apresenta uma porta, uma escotilha, a porta chamada Jesus, "Eu sou a porta" diz o mestre. Quando afirma que aqueles que estão em Cristo são nova criatura. Não mais se molda nos padrões deste mundo, não coloca seus valores e padrões acima dos valores e padrões de Cristo. Transforma sua mente.

Talvez esteja você cego, talvez você esteja vendo, mas mesmo assim esteja cego. Saia da farsa, do engano e crença que se sou próspero financeiramente Deus está comigo.

Digo-lhe, clame como Bartimeu: "Jesus filho de Davi, tem misericórdia de mim". E Jesus pode, ironicamente, lhe perguntar: "O que queres que eu te faça?"

Apenas responda, que eu veja.

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